domingo, dezembro 26

Contos mínimos II

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Último galope
É noite. Chove torrencialmente na Gávea. Na pista de grama, sob clarões de relâmpagos, corre em pelo um puro-sangue negro. Estia. Amanhece. Nas baias, murmúrios e lamentos.
- Ébano está morto!
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sexta-feira, dezembro 24

Amor e loucura

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by Tony
Num insight de sanidade

Insanos falam de amor

Pois há razão na loucura

Também loucura no amor.

&

Como posso ignorar

O amor de uma mulher,

Que se diz apaixonada,

E o tanto que me quer.

&

Amar mesmo! Só a ela.

Ficar preso por vontade,

Digam, pois o que quiser

Deve ser insanidade.

&

Fechar olhos para o mundo

Pra sempre junto estar

Contemplando só a ela

Sua dor para si tomar.

&

Apenas viver o amor

Pouco a pouco se entregar

Ser insano é saber

Que loucura é amar!

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quarta-feira, dezembro 22

Esteja pronto

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O período natalino, entre outras coisas, serve para nos trazer à reflexão: as vitórias, as derrotas, as perdas - materiais e humanas principalmente.
Nós temos sempre tantos projetos de vida. Queremos estudar, queremos trabalhar, casar, ter filhos, ver os filhos crescerem, viajar pelo mundo, escrever um livro. Enfim, só projetamos viver. Salvo raríssimas exceções, ninguém faz planos para o ocaso de suas vidas. Alguns fazem seguros de vida, planos de funeral, outros até deixam coroa de flores pagas, mas não é o normal.
Excentricidades à parte, o que queremos mesmo é viver! Com toda violência, poluição, aquecimento global e apesar de todas as previsões escatológicas nós gostamos desse mundinho. De forma que ninguém põe em sua agenda para o ano seguinte qualquer compromisso com o quarto cavaleiro.
Então, a qualquer momento que sejamos chamados, ficará sempre algo por fazer, sempre algum projeto em andamento, palavras não ditas, sonhos; sempre um livro inacabado, ou com um epílogo improvisado.
No entanto, são os coadjuvantes dessa história, aqueles que ficam, que sofrerão a perda; que perceberão a lacuna deixada, o vazio, uma história abortada. A sensação interminável de incompletude.
Faça, desfaça, declare seu amor, reconheça seu erro, peça perdão, ame. Viva intensamente, esteja pronto!
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segunda-feira, dezembro 20

Os medos e fantasmas de cada um

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Quando somos crianças temos muitos medos, medo de fantasmas, insetos, do bicho papão...

Quando crescemos um pouco mais temos medo de ser reprovados na escola, de não conseguir amigos, de insetos, de ladrão...

Quando ficamos “adultos”, ficamos com muitos medos, alguns ainda são os que vieram da infância, tem cada medo estranho, medo de pegadas na areia da praia, de manequim de loja, e os mais comuns como medo de lagarta, barata, rato, da morte....

Mas as nossas maiores fobias são as que muitas vezes nem percebemos, como o medo de ser feliz, quantas pessoas você conhece e diz: puxa essa pessoa tem tudo para ser feliz , e mesmo assim não é preciso nenhum grande esforço para ver o quanto ela é infeliz. Quem não conhece alguém assim?

O mundo adulto é cheio de medos, medo da violência, das drogas, da pobreza, de doenças, de ficar sozinho, o medo é tão sério que até virou doença, a Síndrome do pânico...

A vida é relativamente tão curta, um dia você é um adolescente , de repente você olha para o lado e teu filho já é adulto, você vai na frente do espelho e ao se olhar percebe que seu melhor momento já passou, o seu auge físico ficou para trás, e se você não se cuidar, não aproveitar cada dia como se fosse o último, você corre o risco de passar a vida sem ter vivido de verdade.
 
Não tenham medo de se arriscar, de tentar vencer os seus medos, de seguir em frente,  sem culpas, porque o tempo é o senhor de tudo, saiba usá-lo, se fizer isso quando os seus fantasmas aparecerem na sua frente, você vai ter medo sim , o medo é inerente ao ser humano, só que se tiver preparado você vai saber que é apenas um fantasma e seguirá em frente, confiante...
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sábado, dezembro 18

O Natal

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Mais um ano termina, exaustos da rotina diária, paramos nesse período natalino , não só para festejar o nascimento de Cristo, como para observar melhor ao nosso redor.

Nesse período procuramos ser benevolentes, gentis, agradecer as conquistas de todo o ano , por estarmos mergulhados na rotina estressante do dia a dia, muitas vezes não olhamos nem para nós mesmos que dirá para o próximo.

Na busca pelo ter esquecemos o ser, fazemos listas de conquistas e na maioria das vezes , os itens são todos materiais, não lembramos de colocar coisas do tipo:
Vou ser uma pessoa melhor
Vou dizer ao meu pai, mãe, amigo, irmão, namorado que o amo.
Vou fazer um trabalho voluntário.
Normalmente essas listas tem coisas como:
Trocar de carro
TV LCD “50”...

O período natalino nos induz ao consumo , são as chamadas confraternizações com seus amigos secretos, Natal virou símbolo de dar e receber presentes.

Bom seria se todos tentassem por a ética, a generosidade , o respeito consigo e com o seu próximo.
Com certeza a cada ano teríamos um Natal melhor para todos , vivenciando o verdadeiro espírito do Natal.

Um bom fim de semana a todos.
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segunda-feira, dezembro 13

Martha Medeiros entre os 100 brasileiros mais influentes de 2010

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A revista Época dessa semana traz uma lista das 100 pessoas mais influentes de 2010, que se destacaram em várias áreas de atuação. É a quarta edição feita anualmente, e conta com a colaboração dos leitores que fizeram suas indicações pelo site e por indicações de especialistas de várias áreas.

Ao olhar a lista vejo que a escritora Martha Medeiros figura entre os 100 escolhidos. Sou fã do trabalho dela.

Se você não conhece o trabalho dessa gaúcha, que principalmente em suas crônicas consegue dizer o que nós mulheres gostaríamos de falar , não tem como não se identificar.

Seu último livro: Fora de mim
Em Fora de mim, a autora vai ainda mais fundo na descrição de sentimentos universais provocados por essa perda, comparada por ela a um acidente de avião, em que os sobreviventes "percebem a perda de altitude, a potência enfraquecida das turbinas e o desastre iminente, até que acontece a parada definitiva da aeronave, (...) e sobe do chão um silêncio absoluto, (...) a quietude amortizante de quem não respira, não pensa, não sente nada ainda."

A autora inicia sua narrativa visceral no instante da despedida, da queda, do fim trágico, nem além nem aquém da dor maior: quando se tem a certeza de que não há mais volta. Aos poucos, o leitor vai compreendendo como tudo aconteceu, como tudo afinal foi ficando fora de controle.

Recém-separada de um casamento longo e pacífico, a protagonista se apaixona loucamente, embora não cegamente, por um outro homem, de personalidade conturbada, com quem vive uma intensa paixão. Consciente do mergulho, a mulher pressente que no fundo daquela relação só acabaria encontrando a escuridão da dor. Mesmo assim, dá o salto. E perde. A entrega aqui é um vício sem saída.

Outros textos publicados da autora no blog.

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quinta-feira, dezembro 9

Pescando palavras

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Um dos passeios que eu mais gostava de fazer quando me sentia um pouco angustiado era passear pela orla de Niterói. São tantas pequenas praias e enseadas que o cenário muda a cada curva. Quando a estâmina me permitia, corria por todas elas; hoje, faço o mesmo trajeto caminhando encantado com tanta beleza. A disposição de corredor talvez não seja a mesma, mas a sensibilidade me favorece hoje o que a velocidade não me permitia naqueles idos anos.



Adorava sentar-me nas pedras e ficar apreciando a paisagem, o comportamento do mar, sereno, equilibrado. Enquanto pescava idéias para os meus textos, observava também as pedras e ilhotas de Niterói: Pedra do Índio, da Praia das Flechas, a Ilha da Boa Viagem. Perdia-me por aquela orla. De vez em quando pescava um pneu ou um sapato velho, mas, entre bagres e sardinhas, retirei dali lindas pérolas.




Aproveite bem suas horas de lazer.
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segunda-feira, dezembro 6

Trabalho:

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o ópio do povo

Após horas a fio de trabalho pesado e exaustivo, a lassidão vai tomando conta do corpo. O calor estival torna penosa a rotina de esforço hercúleo, entorpece músculos, bloqueia o cérebro. O sacrifício drena as toxinas e os sais de suas veias, esgota-lhe a energia dos tecidos. Envolto em pouca carne, estruturado em músculos e epiderme calejada, quase uma besta de carga, uma máquina quase humana, ou um humano quase máquina, deleita-se no suor que escorre pelo bronze da pele macerada. Carreia a carga, cumpre a sina: comer do próprio suor.

O dia é curto para a tarefa, esta é longa para o salário. O sol encerra seu turno do lado de cá, com ele, o corpo exausto, entrega-se ao cansaço, relaxa. Goza o ínfimo lapso do esforço imposto. A noite revela-se curta para o repouso necessário e merecido, esquece. Sem armas, sem defesas outras que não a força de seu trabalho, repousa o guerreiro. Adormece.

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Segunda-feira é dia de luta!
Boa semana a todos!


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quarta-feira, dezembro 1

UECE, descaso provoca acidente no restaurante universitário

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Dois estudantes ficaram feridos quando parte do telhado do restaurante universitário da UECE – Universidade Estadual do Ceará desabou. Um estudante do curso de nutrição foi atingido na cabeça, outra aluna teve ferimentos leves, os dois foram levados para um Pronto Socorro, os alunos estavam na fila de entrada do restaurante situado no campus do Itaperi, em Fortaleza.

O Serviço Social do hospital divulgou que o estudante do curso de Nutrição, sofreu um corte profundo na cabeça, mas estava consciente.

Um grupo de alunos pouco antes do acidente fizeram uma manifestação na Reitoria pedindo a solução de vários problemas existentes no campus, como troca de bebedouros , e entre outras reivindicações a finalização da reforma do referido restaurante, a obra foi iniciada a mais de 2 anos.

Tenho um filho que utiliza o restaurante e que por um acaso não estava lá na hora do acidente e poderia ter sido a vítima.

Deixo aqui o meu protesto com o descaso das autoridades que negligenciam as instalações da Universidade a ponto de por em risco a vida dos seus alunos.

Um grande país se faz com educação, do jeito que vamos como poderemos ser um país grande de verdade, e não apenas em extensão territorial?
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