Saindo do apagão mental que acomete a todo pobre mortal durante as festas de fim de ano e do torpor desse período, é hora de fazermos reflexões, balanços e rescaldos. Natal, Réveillon, Ano Novo afinal! Sobrevivemos às intempéries e estamos aqui do outro lado do marcador 2009/2010. Graças ao bom Deus!
Passado o êxtase, e, diante de tantas catástrofes ecológicas acontecendo por aí, e por aqui, é muito natural que, ao testemunharmos, bem de perto, desgraças como aquelas da noite de Ano Novo em Angra, Rio de Janeiro, nós, frágeis criaturas de Deus, nos permitamos contestar máximas dogmáticas como: “Deus é bom; Deus sabe o que faz”. - Então me perdoa Senhor...
Onisciente Pai, tu sabias das previsões do tempo melhor do que qualquer meteorologista; tu sabias da instabilidade das serras como o mais sábio geólogo: porque permitiste Senhor que tanta gente estivesse naqueles lugares naquele fatídico dia?
Onipresente Deus, tu certamente estavas em todos aqueles lugares: porque assististe a tudo sem nada fazer Senhor, porque não os advertiste, por que não lhes deste outra chance?
Onipotente Criador, uma palavra tua, um sopro, um estalar de dedos e tudo mudaria! Por que, então, não detiveste as chuva Senhor, por que não sustentaste a montanha ou mesmo por que não os retirou daquelas áreas de risco? Que sabedoria poderá haver em tua opção por nada fazer, Deus? - Essa pergunta me corrói Senhor!
Que planos terias Tu para levar, tão precocemente, tantas crianças e adolescentes que apenas curtiam as férias ali em Angra e ilha Grande? Que planos teria o Criador para os sobreviventes que choram seus mortos? O que se poderia dizer para eles numa situação dessas? “Deus sabe o que faz”, “Deus põe, Deus dispõe”? Que palavra poderia consolar alguém que acaba de perder duas filhas adolescentes, ou que acaba de perder pai, a mãe, o marido, o filho, sua moradia? Como é limitado o meu conhecimento, Senhor!
Que sabedoria há em dar seu próprio filho em sacrifício? Que sabedoria há em ter o poder e não lançar mão dele para salvar vidas? Acaso seria loucura a sabedoria divina? Ou seria loucura minha angústia?
Creio que jamais saberemos o Plano maior de Deus para nossas vidas e tentar entender Seus planos pode nos levar à insanidade. Minha filha, muito provavelmente, estaria numa daquelas pousadas de Ilha Grande no último Réveillon. Ela sempre ia para lá com os amigos. Qual é o Teu plano Senhor, que a nossa limitada visão não alcança?
Creiam-me, o mesmo Deus que eu ora questiono e recrimino por todas aquelas vidas ceifadas é o mesmo Deus, que, conduziu minha filha em segurança, em voo direto sobre mares e continentes, enfrentando o gelo e a nevasca rumo a Londres, para passar um Réveillon tranqüilo, bem longe das tragédias de Angra, de Ilha Grande e de qualquer outra que tivemos notícia recentemente.
Passado o êxtase, e, diante de tantas catástrofes ecológicas acontecendo por aí, e por aqui, é muito natural que, ao testemunharmos, bem de perto, desgraças como aquelas da noite de Ano Novo em Angra, Rio de Janeiro, nós, frágeis criaturas de Deus, nos permitamos contestar máximas dogmáticas como: “Deus é bom; Deus sabe o que faz”. - Então me perdoa Senhor...
Onisciente Pai, tu sabias das previsões do tempo melhor do que qualquer meteorologista; tu sabias da instabilidade das serras como o mais sábio geólogo: porque permitiste Senhor que tanta gente estivesse naqueles lugares naquele fatídico dia?
Onipresente Deus, tu certamente estavas em todos aqueles lugares: porque assististe a tudo sem nada fazer Senhor, porque não os advertiste, por que não lhes deste outra chance?
Onipotente Criador, uma palavra tua, um sopro, um estalar de dedos e tudo mudaria! Por que, então, não detiveste as chuva Senhor, por que não sustentaste a montanha ou mesmo por que não os retirou daquelas áreas de risco? Que sabedoria poderá haver em tua opção por nada fazer, Deus? - Essa pergunta me corrói Senhor!
Que planos terias Tu para levar, tão precocemente, tantas crianças e adolescentes que apenas curtiam as férias ali em Angra e ilha Grande? Que planos teria o Criador para os sobreviventes que choram seus mortos? O que se poderia dizer para eles numa situação dessas? “Deus sabe o que faz”, “Deus põe, Deus dispõe”? Que palavra poderia consolar alguém que acaba de perder duas filhas adolescentes, ou que acaba de perder pai, a mãe, o marido, o filho, sua moradia? Como é limitado o meu conhecimento, Senhor!
Que sabedoria há em dar seu próprio filho em sacrifício? Que sabedoria há em ter o poder e não lançar mão dele para salvar vidas? Acaso seria loucura a sabedoria divina? Ou seria loucura minha angústia?
Creio que jamais saberemos o Plano maior de Deus para nossas vidas e tentar entender Seus planos pode nos levar à insanidade. Minha filha, muito provavelmente, estaria numa daquelas pousadas de Ilha Grande no último Réveillon. Ela sempre ia para lá com os amigos. Qual é o Teu plano Senhor, que a nossa limitada visão não alcança?
Creiam-me, o mesmo Deus que eu ora questiono e recrimino por todas aquelas vidas ceifadas é o mesmo Deus, que, conduziu minha filha em segurança, em voo direto sobre mares e continentes, enfrentando o gelo e a nevasca rumo a Londres, para passar um Réveillon tranqüilo, bem longe das tragédias de Angra, de Ilha Grande e de qualquer outra que tivemos notícia recentemente.
Perdoa Pai!