segunda-feira, dezembro 6

Trabalho:

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o ópio do povo

Após horas a fio de trabalho pesado e exaustivo, a lassidão vai tomando conta do corpo. O calor estival torna penosa a rotina de esforço hercúleo, entorpece músculos, bloqueia o cérebro. O sacrifício drena as toxinas e os sais de suas veias, esgota-lhe a energia dos tecidos. Envolto em pouca carne, estruturado em músculos e epiderme calejada, quase uma besta de carga, uma máquina quase humana, ou um humano quase máquina, deleita-se no suor que escorre pelo bronze da pele macerada. Carreia a carga, cumpre a sina: comer do próprio suor.

O dia é curto para a tarefa, esta é longa para o salário. O sol encerra seu turno do lado de cá, com ele, o corpo exausto, entrega-se ao cansaço, relaxa. Goza o ínfimo lapso do esforço imposto. A noite revela-se curta para o repouso necessário e merecido, esquece. Sem armas, sem defesas outras que não a força de seu trabalho, repousa o guerreiro. Adormece.

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Segunda-feira é dia de luta!
Boa semana a todos!