sexta-feira, novembro 23

X Bienal Internacional do Livro do Ceará

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Encerrou-se 18/11 a X Bienal Internacional do Livro do Ceará. Fui conferir. Não teve a dimensão da Bienal de São Paulo ou do Rio de Janeiro, mas não ficou muito distante nos números. Afinal, uma Bienal do Livro seja onde for é o paraíso para os leitores (editores e escritores também).

A 22ª Bienal do Livro de São Paulo. Entre 9 e 19 de agosto, reuniu cerca de 750 mil visitantes.
Durante a XV Bienal do Livro Rio, de 1 a 11 de setembro de 2011, passaram pelo Riocentro, no Rio de Janeiro, 670 mil pessoas.
A X Bienal do Livro Ceará, de 8 a 18 de novembro, teve um público estimado de 600 mil pessoas.

Cada bienal tem as suas particularidades. A Bienal Internacional do Livro do Ceará valoriza o escritor e o editor local e regional, sem esquecer as editoras nacionais e editoras universitárias. No Centro de Eventos do Ceará havia uma grande área no térreo do pavilhão D, onde se realizou o evento, reservada para cordelistas, repentistas e suas editoras. Neste espaço houve uma interessante exposição de prelos, maquinas tipográficas antigas, utilizadas por renomados editores de Literatura de Cordel. Dentre elas podia ser vista uma tipografia manual de 1880. Este espaço foi ainda palco de grandes homenagens ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que foi muito cantado pelos cordelistas, pela passagem do centenário de seu nascimento.

A Bienal do Livro teve por tema “Padaria Espiritual – O Pão do Espírito para o Mundo”, uma homenagem aos 120 anos de um movimento artístico que agitou Fortaleza do final do século XIX com o humor, por iniciativa de um grupo de escritores, pintores e músicos que promoveram intensas atividades de renovação artística e literária.

Vale destacar que ao contrário das bienais do sul do país a bienal do Livro do Ceará teve entrada franca e a grande massa de visitantes era de escolares.

Durante o evento foram lembrados ainda os 90 anos da Semana de Arte Moderna, e os centenários do dos escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues; e do cantador e violeiro Joaquim Batista de Sena, representante da poesia popular nordestina.

 Bom final de semana!