*free photo by Magnus Rosendhal*
Há mais de um ano inativo,
numa espécie de coma induzido, o Voz perdeu muito de seus “movimentos”. Mesmo assim,
é hora de acordá-lo! Vamos desentubá-lo e reconecta-lo à vida virtual, mas com
muita cautela e caldo de galinha, pois, muita coisa aconteceu neste intervalo e
não queremos que ele tenha outro apagão, desta vez de susto.
Para começo de
conversa, para quem esteve tanto tempo fora do ar é profundamente lamentável a
constatação de tamanhas perdas humanas computadas neste período. O quarto
cavaleiro (a morte) parece estar formando um time de elite de artes e letras lá
em cima (ou lá em baixo), a julgar pelo obituário recente.
Para citar alguns, perdemos
em 3/07, aos 79 anos, no Rio de Janeiro, o poeta e tradutor Ivan Junqueira, ocupante
da cadeira número 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL). No mesmo mês,
faleceram também o escritor e acadêmico João Ubaldo Ribeiro, aos 73 anos, o
escritor, teólogo, educador Rubem Alves, de 80 anos, em 19/07, e o escritor,
dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos, em 23/07.
No mês de novembro,
dia 13, morreu o grande poeta mato-grossense Manoel de Barros, aos 97 anos,
deixando-nos 18 livros de poesia. E a bem poucos dias (28/11) o cavaleiro
amarelo levou o grande artista Roberto Gómez Bolaños, poeta do riso, (mais
conhecido pelo seu personagem Chaves) no dia 28 de novembro, aos 85 anos.
Afora os lamentáveis
velórios, 2013 foi um período de sonhos, de projetos mirabolantes de
crescimento, pacificação e investimentos nos esportes, planos dos quais muitos
desandaram.
O ano de 2014, ano de
Copa e de Eleições, revelou-se uma fase de muitas decepções: tivemos copa em
casa, mas o Brasil não levou a taça; tivemos eleições, mas o comando do time
presidencial não passou a bola.
Na área de segurança
hoje sabemos que as áreas ditas pacificadas no Rio não merecem esse título. A
criminalidade em São Paulo parece realmente organizada e o câncer da violência
e das drogas não parece ter regredido em lugar nenhum deste imenso Brasil.
Na política e na
economia, que não por acaso andam sempre de mãos dadas, a sujeira já não cabe mais
embaixo do tapete. Todas as porcarias, em diversos escalões estão vindo à tona,
como por exemplo, as obras do PAC estão literalmente empacadas; o dragão da
inflação volta a povoar os pesadelos do brasileiro; e a Petrobrás, “joia da coroa,”
rende, além de óleo, pedras no sapato da Presidência. Enfim, a coisa respinga e
cheira mal. Parece que as coisas não mudaram muito no quartel de Abrantes; tudo
como dantes!
A visão que se tem do
eterno país do futuro é desalentadora. Mas é boa a sensação de acordar. Acorda
Brasil!
Abraços!
***
Apareçam! Visitas
diariamente a qualquer hora; assim que o Voz se levantar terá o prazer de fazer
umas visitas.