quarta-feira, dezembro 31

Foi bom pra você?

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Keywords: sunset, dusk, sky, landscape, scenic, lake, marshes

Ouve-se por aí que “2014 foi foda”! Mas peraí. Isso não quer dizer que tenha sido um orgasmo. Isso não! É apenas maneira de dizer. Essa gíria é polivalente, pode inclusive significar o contrário.

Na verdade, há também quem diga que 2014 foi o ano que não existiu. Foi péssimo para aqueles que investiram muito em áreas de risco; igualmente ruim para quem acreditou no sucesso da Copa, para os que acreditaram cegamente no PT, e para a nossa Saúde não foi nada bom.

Mas, como há sempre alguém que se da bem com a desgraça dos outros, o ano que finda foi ótimo para os corruptos, afinal, foi um ano de muitas obras. E obra, todos nós sabemos, é uma ferida aberta para a sangria dos cofres públicos. As CPI não deixam dúvidas quanto a isto. A coisa foi de tal modo esquisita, que nós já nos damos por felizes se gozarmos de saúde e paz e não formos citados nos tais processos.

Que possamos ter essas dádivas. E que, com elas, o salariozinho de R$ 788,06 possa fazer milagres! Ah! Só mais uma coisinha: mais poesia em nossas vidas não faria mal.
Um Feliz Ano Novo para todos! 

Foto: free photo - Yinan Chen
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quarta-feira, dezembro 24

Novos dias

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O verdadeiro espírito do Natal é na verdade um estado de espírito. É a alegria de amar, de doar-se, de presentear, de dar a mão, enfim, é a satisfação de esquecer um pouco de si mesmo e olhar para o outro, seja para dar um presente, ofertar uma ceia, perdoar ou pedir perdão. Algumas vezes, até colocar-se no lugar do outro de verdade. A contrapartida será a grande graça de ser amado. Natal é também tempo de reflexão, de buscar novos dias.
Feliz Natal para todos os visitantes do Voz.

E fiquem com estes versos singelos de Ivan Barreto:

Novos dias

Insufla-me outra vez 
A vida,
Tira-me do barro, ó Senhor!
Em meu coração promove
Novos dias,
Rega em botão esta flor.
Seja outra vez fértil meu peito,
Nele faz brotar o amor.
(In Primícias - A. I. Barreto. VirtualBooks, 2013)

freephoto
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segunda-feira, dezembro 15

Uma nova chance

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*free photo by Magnus Rosendhal*

Há mais de um ano inativo, numa espécie de coma induzido, o Voz perdeu muito de seus “movimentos”. Mesmo assim, é hora de acordá-lo! Vamos desentubá-lo e reconecta-lo à vida virtual, mas com muita cautela e caldo de galinha, pois, muita coisa aconteceu neste intervalo e não queremos que ele tenha outro apagão, desta vez de susto.

Para começo de conversa, para quem esteve tanto tempo fora do ar é profundamente lamentável a constatação de tamanhas perdas humanas computadas neste período. O quarto cavaleiro (a morte) parece estar formando um time de elite de artes e letras lá em cima (ou lá em baixo), a julgar pelo obituário recente.

Para citar alguns, perdemos em 3/07, aos 79 anos, no Rio de Janeiro, o poeta e tradutor Ivan Junqueira, ocupante da cadeira número 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL). No mesmo mês, faleceram também o escritor e acadêmico João Ubaldo Ribeiro, aos 73 anos, o escritor, teólogo, educador Rubem Alves, de 80 anos, em 19/07, e o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos, em 23/07.

No mês de novembro, dia 13, morreu o grande poeta mato-grossense Manoel de Barros, aos 97 anos, deixando-nos 18 livros de poesia. E a bem poucos dias (28/11) o cavaleiro amarelo levou o grande artista Roberto Gómez Bolaños, poeta do riso, (mais conhecido pelo seu personagem Chaves) no dia 28 de novembro, aos 85 anos.

Afora os lamentáveis velórios, 2013 foi um período de sonhos, de projetos mirabolantes de crescimento, pacificação e investimentos nos esportes, planos dos quais muitos desandaram.

O ano de 2014, ano de Copa e de Eleições, revelou-se uma fase de muitas decepções: tivemos copa em casa, mas o Brasil não levou a taça; tivemos eleições, mas o comando do time presidencial não passou a bola.

Na área de segurança hoje sabemos que as áreas ditas pacificadas no Rio não merecem esse título. A criminalidade em São Paulo parece realmente organizada e o câncer da violência e das drogas não parece ter regredido em lugar nenhum deste imenso Brasil.

Na política e na economia, que não por acaso andam sempre de mãos dadas, a sujeira já não cabe mais embaixo do tapete. Todas as porcarias, em diversos escalões estão vindo à tona, como por exemplo, as obras do PAC estão literalmente empacadas; o dragão da inflação volta a povoar os pesadelos do brasileiro; e a Petrobrás, “joia da coroa,” rende, além de óleo, pedras no sapato da Presidência. Enfim, a coisa respinga e cheira mal. Parece que as coisas não mudaram muito no quartel de Abrantes; tudo como dantes!

A visão que se tem do eterno país do futuro é desalentadora. Mas é boa a sensação de acordar. Acorda Brasil!
Abraços!
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Apareçam! Visitas diariamente a qualquer hora; assim que o Voz se levantar terá o prazer de fazer umas visitas.
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