sexta-feira, abril 17

Ditos e mitos

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Chocolate: Bom para o coração

O chocolate é objeto de desejos de todos. E por uma boa razão. Há alguma intrigante a respeito do chocolate que vai além do tato e do gosto. Indefinível e inexprimível.

Como as pesquisas médicas revelam existem evidências de que o chocolate pode suprir uma gama enorme de necessidades, desde a libido até necessidades do coração.

As mais recentes descobertas incluem a afirmação de um pesquisador italiano que descobriu uma ligação entre comer chocolate e satisfação sexual. As mulheres que adoram chocolate, diz ele, parecem ter uma vida amorosa mais satisfatória. Afirma ainda que pesquisas anteriores indicam que pelo menos o chocolate preto pode ser bom para o coração.
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O Chocolate parece estar a meio caminho entre medicamento e alimento. Mesmo a crença de que o chocolate está relacionado à acne mudou. Suas propriedades químicas são complicadas. O chocolate contém mais de 300 substâncias, incluindo cafeína em pequena quantidade, e teobromina, um estimulante um pouco mais fraco que a cafeína.

Alguns defendem que estas duas substâncias formam a base do tão alegado aumento de atividade dos neurotransmissores. O estimulante feniletilamina, que está quimicamente relacionado a anfetaminas, também está presente no chocolate.

O Chocolate parece produzir um estado de humor mais gratificante, disse o Dr. Andrea Salonia, pesquisador italiano, que apresentou relatório sobre essa ligação descoberta entre sexo prazeroso e chocolate no encontro anual da European Society for Sexual Medicine em Londres.

O grupo do Dr. Salonia, do San Raffaele Hospital em Milão, analisou casos de 153 mulheres que responderam a questionários sobre funções sexuais femininas, estilos de vida e fatores psicológicos. As entrevistadas tinham entre 26 e 44 anos, média de idade 35. A pesquisa revelou que 120 delas, com média de idade de 35 anos, relataram que comiam chocolate com mais freqüência, comparados com as 33 cuja média de idade era 40.4 anos.

Tanto a função sexual geral quanto o desejo sexual eram significativamente maiores entre as comedoras de chocolate que entre aquelas do grupo de mais idade, que eram mais propensas a recusar chocolate, afirmou Dr. Salonia.

Taxando isso de uma “correlação intrigante” Dr. Salonia sugeriu, entretanto que tal relacionamento entre chocolate e sexo está longe de ser algo correto. “Parece fascinante teorizar que o chocolate pode ter um impacto fisiológico positivo sobre a sexualidade feminina”. Porém ele acrescentou que a diferença de idade, fator importante na sexualidade, foi também significante entre os grupos.

O estudo italiano apenas acrescenta um capítulo à história do chocolate. Ela está carregada de mitos, lendas e alegações infundadas. Um destes mitos é o de que chocolate pode contribuir para a acne, de acordo com dois estudos iniciais. O Instituto Nacional de Saúde Americano afirma que “apesar da crença popular de que chocolate, castanhas e outros alimentos causam acne, isto não parece ser verdade.”

Em um dos estudos, na Universidade da Pensilvânia, um grupo de pacientes com acne recebeu uma barra a base de chocolate (a base de todo produto de chocolate) semelhante a uma barra de chocolate de verdade e que tinha 28% de gordura vegetal para imitar o teor de gordura do xarope de chocolate e da manteiga de cacau. Outro grupo recebeu chocolate de verdade numa barra experimental com quase dez vezes a quantidade de xarope de chocolate normal de uma barra de 40 gramas. A acne nem melhorou nem piorou, quer seja com o consumo do chocolate ou do placebo.

Em outro estudo, 80 marinheiros da U.S. Naval Academy com acne foram separados entre dois grupos: comedores de chocolate e os que se abstinham de chocolate. Depois de um mês, exames detalhados revelaram que não houve mudanças na acne de nenhum dos grupos.

Por fim, um estudo clínico recente sobre os efeitos dos Flavonóides, substancia presente no chocolate preto, tem sido apresentado para melhorar os indicadores de um coração saudável, que podem ser observados tanto por avaliações de ultrasson como por indicadores sanguíneos. Outros pesquisadores têm apontado o alto índice de Fenólicos, também encontrados no vinho tinto, como antioxidantes que podem ajudar prevenir doenças coronarianas.


Matéria traduzida.
FONTES: Mary Engler, Ph.D, professor DE Fisiologia da University of California, San Francisco; Jeffrey Blumberg, Ph.D, Antioxidant Research Laboratory; Jean Mayer, Centro de Pesquisa em Nutrição Humana em Idosos, Tufts University, Boston; June 2004 Journal of the American College of Nutrition; European Society for Sexual Medicine, London.