O bicho era verde
O problema de se falar muito de experiências próprias, é que o leitor mais atento logo infere a idade que temos. Mas isto já não me preocupa muito. É o normal do discurso e faz parte da análise do texto.
Na verdade, não vivi tanto! A informática é que evoluiu assustadoramente, e nos deixou com a sensação de já termos vivido uma eternidade. Se você compra um computador (PC) hoje, em doze meses, no máximo, ele estará ultrapassado, ou no mínimo necessitando de um upgrade, não é verdade!
Hoje em dia tenho um Notebook com todos os dispositivos necessários embutidos, internet sem fio e outras frescuras mais (eu achava isso chique no último, mas já tem gente com o CP no bolso). Bom, mas o Note é pequeno, leve, potente e disputa lugar com meus livros sobre a mesa. Porém, a informática nem sempre foi essa maravilha toda, nós sabemos. Há menos de duas décadas as coisas eram bem diferentes, pra não dizer outras coisas. Colocarmos hoje, lado a lado, um Notebook e um PC de 20 anos atrás é como desenterrar um fóssil da Computação. O bicho não chega a ser um Eniac, mas é esquisito.
O primeiro PC que tive sobre minha mesa, que na prática não era um PC, pois era da empresa, portanto não era pessoal (PC – Personal computer), foi um 286, ano 1990, mais ou menos. Alguém sabe o que é isso, ou o que foi isso? O bicho era verde! A tela era monocromática, verde fosforescente (fósforo verde). Vídeos e jogos, nem pensar! Só servia para edição de texto, planilha, banco de dados. e outras pouquissimas aplicações. Tinha uma capacidade de memória hilária, Processador: Intel 80286 de 8 MHz, Memória 4 MB de RAM, HD (Winchester) – 40 MB . O disquete ainda era aquele Floppy, de
Na época a gente achava o 286 o máximo. Hoje, somente quem é menos jovem ou estuda paleontologia das máquinas talvez já o tenha visto, esquecido em algum porão de oficina de manutenção ou soterrado em um depósito de lixo eletrônico.
Portanto, amigos, se de vez em quando o seu PC ou Note travar ou ficar meio lerdinho, tenha paciência com o bichinho! A coisa já foi muito mais feia.
Observando um pouco mais a nossa volta parece que já vimos muita máquina sucumbir por conta de sua própria evolução. Há bem pouco tempo eu levava meus filmes para revelar! Quem ainda faz isso?É melhor parar por aqui senão vou me sentir um Matusalém! E o processo não para. O futuro da tecnologia promete novidades de cair o queixo. Não demora meu notebook será mais um a engrossar os depósitos de lixo eletrônico.
Pelo menos, que seja reciclado!