quinta-feira, fevereiro 23

Livro:o velho e o novo

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Foto: Anna Yu
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Não é de hoje que livrarias fecham as portas. No Brasil o fenômeno não preocupa tanto porque nós nunca tivemos muitas livrarias mesmo. Mas, nos Estados Unidos e na Europa muitas livrarias fecharam ou mudaram de ramo nos últimos dez anos. Aqui à minha volta (Rio de Janeiro/Niterói) conheço pelo menos meia dúzia delas que sumiram do mapa.
Com tantas facilidades da tecnologia moderna já era de se esperar algum efeito nefasto, natural na evolução tecnológica. A facilidade de se comprar pela Internet, juntamente com as opções digitais de leitura, tais como os tablets, os e-books, os celulares de ponta e a própria leitura on-line estão desestabilizando as pequenas livrarias e até editoras que não acompanham o leitor na mesma velocidade.
Para consolo dos leitores, aficionados pelo papel, outros fenômenos ocorrem paralelamente. Um deles é a diversificação ou fusão de mercados abrindo espaço para a venda de livros. Ao mesmo tempo em que livrarias, lutando para sobreviver, abrem espaços aconchegantes sob a forma de cafés/lanchonetes ou mesmo bazares e megastores, cafés e lanchonetes abrem espaços para leitores com a venda de livros em seus salões. É muito bom tomar um cafezinho enquanto folheia um bom livro, ou folhear um bom livro enquanto toma um cafezinho, você escolhe. Ainda, a grande maioria das bancas de jornais está vendendo livros, cada vez mais. Pequenos stands ou racks, em mercados diversos, oferecem uma infinidade de títulos, clássicos da literatura, em formato de bolso. Vale observar também que os sebos passam a ter importância significativa neste processo contemporâneo de acomodação entre livros e leitores.
Enfim, pelo menos por mais algum tempo, creio que o livro “velho” e o novo estão encontrando formas de convivência pacífica.




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