Foto: Douglas Menuez - Coleção: Lifesize
Blogagem coletiva
Vejo a esperança por dois aspectos. O primeiro, como uma luz que o ser humano
já traz consigo de berço e que o conduz ao futuro incerto. A outra, uma forma
de conexão com os sonhos, com as expectativas que a gente mesmo cria conforme
as dificuldades momentâneas que a vida nos oferece.
Por conta da luzinha inata que trazemos, vivemos na esperança de dias
melhores, na expectativa de haver um amanhã, de haver um futuro que nos é
reservado. Nutrimos a vontade de bem viver, de amar e de ser amado. Suportamos
nosso fardo na eterna esperança da recompensa, da plenitude. Em vida, se
possível. Essa
esperança é como o sol de inverno que timidamente rompe a névoa da manhã e te
faz acreditar que aquele será um lindo dia. Talvez
esteja mais ligada a um outro valor humano. A fé.
A outra forma de esperança, aquela que criamos sobre determinados eventos,
está diretamente ligada a nossos sonhos, carências e projetos de vida. Tem a
ver com o desconhecido e com o nível de expectativa que pomos nos empreendimentos,
sejam materiais ou sentimentais. À medida que vivemos o presente, corremos riscos
calculados, tentando superar obstáculos, nutrindo expectativas e esperando por momentos
positivos. Empenhamos ali o desejo de mudanças, de satisfazer essas carências,
de realizar sonhos.
Acender a esperança sempre que perseguimos um sonho é importante para se
manter a conectividade entre ele e a realidade. Nesse sentido, quanto maior o
nível de esperança, maiores são também as chances de frustrações, infelizmente.
Mas, seria possível dosar? Creio que esperança não se dosa, empenha-se tudo! O
fato é que as duas formas são igualmente necessárias à sobrevivência. Sem
esperança na dá pra continuar porque o amanhã nos aguarda cheio de promessas.
Este texto faz parte da terceira fase da Blogagem Coletiva "Amor aos Pedaços", cujo tema é Esperança