Foto de: Jon Sullivan
A
tímida luminosidade que surgia no horizonte ia gradualmente dourando as nuvens
mais baixas e a elas lentamente se sobrepondo. O disco âmbar do sol pouco a
pouco despontava. Era como se irrompesse das profundezas do mar. Enquanto isso,
o véu negro da noite, em rumo oposto, esvaia-se levando consigo a chuva.
Nas
tépidas águas daquele mar tropical já se podia ver, entre ondas suaves, a
espuma alva que sobre elas se formava. Após pular algumas marolas rendadas, a ainda
escassa luminosidade já era suficiente para revelar, ao mais desatento notívago,
que eu não assistia àquele espetáculo sozinho.
O
milagre do alvorecer enfim se completava e o ouro do sol misturava-se ao bronze
familiar da tua pele molhada. Naquele instante, imersos além da cintura, nos
abraçamos. Então, após um longo e ardente beijo, corremos até o carro, antes
que alguém mais testemunhasse a cena. Nós dois tão
à vontade.
Num
segundo, a luminosidade já era plena! O sol reinava soberano quando acabamos de nos vestir.
O
dia? Como previsto: lindo!