quarta-feira, outubro 15

Quando os Filhos Voam

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Há 27 anos ela viveu aquela que seria a maior experiência da sua vida, nascia o seu primogênito, lembra como se fosse hoje a felicidade que sentiu ao ver aquela criaturinha tão indefesa, e saber que era diretamente responsável por isso. É uma emoção que não pode ser descrita, só sabe quem a viveu e quem a desejou, ainda passou por essa experiência por mais duas vezes, mas a emoção da primeira vez é única.

Foi e sempre será mãezona, deixou de trabalhar fora de casa para acompanhar o crescimento dos seus filhos de perto e nunca se arrependeu disso, sempre foi presente na vida deles, nunca os deixou sem respostas, nem inventou estórias absurdas; quando as perguntas eram embaraçosas, não existe assunto proibido, sempre procurou ser amiga deles, mesmo sem deixar de ser mãe.

Mas apesar de ser protetora, sempre mostrou o mundo para eles com as cores que ele tem, pois afinal tinha que prepará-los para esse mundo cão, que está ai, e agora o mais velho criou asas e voou para longe da sua proteção. e apesar de dar o maior apoio, se sente tão insegura como quando ele começou a dar os primeiros passos.

Agora ela sabe exatamente porque dizem que para as mães os filhos nunca crescem, pois a sua vontade era de embarcar naquele vôo, organizar a vida dele e só depois voltar para casa, um pouquinho mais tranquila, só ela sabe o quanto lhe custou não fazer isso, e permitir que ele descubra tudo sozinho, pois é assim que se amadurece.

E pensar que ainda ter mais dois para voar....apesar de ter vertido muitas lágrimas... mas na frente dele se comportou como uma mãe segura, centrada, emocionada na medida certa para passar segurança... está muito orgulhosa do seu filho, pela pessoa que ele é e principalmente por tão jovem já ter uma profissão definida e ser bom no que faz. Não tem dúvidas de que ele será bem sucedido nessa nova empreitada.

Esse post é dedicado a todas as mães que em algum momento da vida, vão ter que cortar o cordão umbilical de seus filhos , para que possam voar e deixarem o ninho, para que possam seguir o rumo natural da vida.