Quando se fala no aniversário de Brasília (21/04) inevitavelmente as pessoas lembram logo de Juscelino e Niemeyer, sem dúvida, ambos dotados de uma genialidade única. O povo até esquece que o projeto de Brasília foi de Lúcio Costa e não de Niemeyer. A memória do brasileiro é muito curta, injusta com ele mesmo, injusta com os cerca de 30 mil trabalhadores vindos de todas as partes do país, e que deram suor e sangue por acreditarem num sonho maluco de construir uma cidade no meio do nada. Juscelino Kubitschek, então presidente do Brasil, sonhou Brasília, Lúcio Costa a desenhou, Niemeyer enfeitou e o trabalhador brasileiro realizou o sonho. Brasília foi inaugurada em 21 abril de 1960. O otimismo exacerbado de Juscelino era parte importante do "milagre brasileiro", a força de trabalho do nosso povo era outra (continua sendo).
Milhares de profissionais da construção civil deixaram seus lares, suas famílias em busca de um sonho que, de certa forma, também era deles. Hoje seus descendentes e, talvez, algum sobrevivente desta saga brasileira vivem nas periferias, segregados. Não tem direito de entrar no palácio que construíram. Vivem em cidades, cujo pomposo apelido de Cidade-satélite esconde a marginalização, a segregação social do trabalhador.
Mas eles não passaram totalmente despercebidos, a Praça dos Três Poderes abriga um monumento dedicado aos candangos, homenagem bem merecida àqueles anônimos sem os quais este sonho não teria se realizado. A escultura é um dos símbolos da cidade.
Parabéns Brasília, Juscelino, Lúcio Costa, Niemeyer, mas não esqueçamos de oferecer um pedacinho deste bolo a esse povo anônimo. O mesmo povo que construiu o "Império da Borracha" no sec. XIX na Amazônia, a Transamazônica, a ponte Rio-Niterói, a Hidrelétrica de Itaipu, a rede aeroportuária da regiao amazônica e muitas outras obras grandiosas: o Povo Brasileiro.
Milhares de profissionais da construção civil deixaram seus lares, suas famílias em busca de um sonho que, de certa forma, também era deles. Hoje seus descendentes e, talvez, algum sobrevivente desta saga brasileira vivem nas periferias, segregados. Não tem direito de entrar no palácio que construíram. Vivem em cidades, cujo pomposo apelido de Cidade-satélite esconde a marginalização, a segregação social do trabalhador.
Mas eles não passaram totalmente despercebidos, a Praça dos Três Poderes abriga um monumento dedicado aos candangos, homenagem bem merecida àqueles anônimos sem os quais este sonho não teria se realizado. A escultura é um dos símbolos da cidade.
Parabéns Brasília, Juscelino, Lúcio Costa, Niemeyer, mas não esqueçamos de oferecer um pedacinho deste bolo a esse povo anônimo. O mesmo povo que construiu o "Império da Borracha" no sec. XIX na Amazônia, a Transamazônica, a ponte Rio-Niterói, a Hidrelétrica de Itaipu, a rede aeroportuária da regiao amazônica e muitas outras obras grandiosas: o Povo Brasileiro.