Um amigo está abrindo uma pastelaria. Fui convidada a participar de uma degustação prévia do cardápio, entre um pastel e outro, deliciosos por sinal , acompanhados de caldo de cana supergelado, fomos lembrando de outros pasteis e cada um revelou onde comeu ou come o melhor pastel, dai a passar para outros pratos foi um pulo.
O melhor pastel que comi na vida foi numa cidade do interior da Paraíba , chamada Guarabira, nunca esqueci, mas não poderia deixar de mencionar a pastelaria da minha infância que existe até hoje, e fica no coração de Fortaleza, é a pastelaria Leão do Sul e existe desde 1926, fica na Praça do Ferreira, hoje mesmo comi um pastel de vento com um delicioso caldo de cana.
E continuando a falar do melhor que comi fui lembrando de outras iguarias, o melhor caranguejo, na praia de Luis Correia-PI, ainda no Pi, o arroz de capote, é uma coisa dos deuses. A carne de Sol do RN, o peixe na telha com farofa de bolão do restaurante Recanto do Garcia em Pirangi, a moqueca de arraia em Barra do Cunhaú-Rn, a moqueca de siri mole em Salvador, o caldo de peixe das barracas de Ponta Negra-Rn, a comidinha caseira da minha mãe... e tem muito mais, mas a ideia primeira era falar só de pastel.
Quem nunca se deliciou com um pastel? E se foi com caldo de cana deve estar com água na boca.
O pastel foi uma adaptação dos rolinhos primavera feita pelos imigrantes chineses, para se adaptarem aos ingredientes disponíveis na época.
Contudo, sua popularização na cultura do brasileiro, veio das mãos dos imigrantes japoneses que, por ocasião da II Guerra Mundial, abriram pastelarias no intuito de se passarem por chineses, livrando-se, dessa forma, da discriminação que havia na época em razão da aliança entre alemães, italianos e japoneses. Por serem baratos e gostosos caíram no gosto popular.