Achei a proposta do blog Luz
de Luma super interessante. BookCrossing, a alforria de livros empoeirados e
esquecidos na estante. É uma iniciativa que promove a leitura e o combate à
traça, além de fazer com que o livro cumpra o seu papel: conquistar novos leitores,
coautores, e reeditar-se através de novas interpretações.
Na verdade, periodicamente
faço uma triagem nas minhas estantes. E sempre retiro da clausura pelo menos
meia dúzia deles. A separação não é fácil, mas tenho que admitir, é necessária.
Há sempre um ou dois que comecei a ler e não concluí, nem retomarei a leitura.
Há também aqueles que a gente guarda para ler novamente, mas na maioria das
vezes isto não acontece. Novas leituras nos aguardam. Portanto, o jeito é fazer
com que estes esquecidos voltem a circular e encantar outros leitores.
Dentro da proposta de Luma,
acabei por retirar da estante oito livros. Seis deles, didáticos; deixei-os,
felizes, numa biblioteca universitária. Os outros dois, que merecerão comentários
neste espaço, são: “Quem mexeu no meu queijo”, de Spencer Johnson, e “Marley e Eu”, de John Grogan. Deixei-os numa praça muito
frequentada por estudantes, perto de onde estudo, com o bilhetinho padrão do
BookCrossing blogueiro.
O primeiro, o do queijo, foi
alvo de comentários aqui no Voz. Aliás,
por ocasião da minha primeira postagem no blog. Assim, comentarei apenas o
“Marley”.
Li “Marley e Eu” logo após
ter perdido meu cão, companheiro de 12 anos. Sansão era muito educado,
obediente, limpo e sempre vigilante. Não fazia as necessidades no canil, mesmo
que ficasse lá por dois dias. Passei a admirá-lo mais ainda depois que ele foi
substituído.
Boy, o novo “companheiro”,
totalmente avesso ao primeiro. Tudo que é arte que você possa imaginar ele
fazia, quer dizer, ainda faz. Já completou três anos. Não é mais um bebe! Mas continua puxando roupa do varal, comendo
meus calçados, etc. É a encarnação do cão protagonista do livro.
O livro fez muito sucesso.
Marley fez carreira também no cinema e na televisão. Foi publicado posteriormente
o Marley 2 e, depois desse sucesso todo,
outros pets também ganharam status de protagonistas em livros e
filmes. Esse tipo de leitura virou lugar comum, e a ideia de uma segunda
leitura perdeu a razão de ser.
Então, vá Marley! Siga seu
destino encantando novos leitores.