Morte Daisy por George Hodan
Em 2013 comemoramos o centenário de dois dos maiores nomes da
literatura brasileira. Um deles é o carioca Vinicius de Moraes, poeta,
compositor, jornalista e diplomata brasileiro. Vinicius nasceu 19 de outubro de 1913 na rua Lopes
Quintas, no Jardim Botânico, na
cidade do Rio de Janeiro.
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
(...)
(Poética I)De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
(...)
Com as lagrimas do tempo e a cal do meu dia
Eu fiz o cimento da minha poesia(...)(Poética II)
...
Para que viesteNa minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui! (A um passarinho)
Essa peculiaridade de Vinicius não é tão estranha à literatura. A melancolia, segundo o
poeta americano Edgar Allan Poe, é o mais legítimo de todos os tons poéticos. A obra completa de
Vinícios pode ser vista em http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/
O outro centenário é o cronista, poeta
e jornalista Rubem Braga, nascido em Cachoeiro do Itapemirim – ES.