Que maluquice é essa! Já pensou em ir à escola sem ter que levar aquele mochilão cheio de livros, parecendo mais um camelo de caixeiro viajante. Não é sonho de aluno cansado não. É o projeto, no mínimo revolucionário, do professor do futuro, quer dizer, do “Exterminador de livros”.
Isso mesmo! Ninguém menos que Arnold Schwarzenegger, Governador da Califórnia, Estados Unidos, está propondo, em sua jurisdição, um programa de ensino totalmente baseado em estudo e pesquisa em mídia digital, inclusive conteúdos on-line. Adeus livros em papel! Computador e internet, combinados com telões, substituem os livros e as lousas convencionais, talvez até os professores. Ele acredita que assim poderá garantir uma melhor formação dos alunos. Será!
Isso mesmo! Ninguém menos que Arnold Schwarzenegger, Governador da Califórnia, Estados Unidos, está propondo, em sua jurisdição, um programa de ensino totalmente baseado em estudo e pesquisa em mídia digital, inclusive conteúdos on-line. Adeus livros em papel! Computador e internet, combinados com telões, substituem os livros e as lousas convencionais, talvez até os professores. Ele acredita que assim poderá garantir uma melhor formação dos alunos. Será!
Esta medida esconde outras razões. Não se trata apenas de uma medida tecnológica, educacional revolucionária. Muito provavelmente desencadeará argumentos prós e contras. Por trás da medida está a intenção de reduzir custos com a aquisição de livros didáticos todo ano, o que sobrecarrega em muito o orçamento do Estado (o déficit ultrapassa os US$ 24 bilhões), quebrar o monopólio das editoras e também, com o tempo, o corte de professores, reduzindo sua folha de pagamento.
É no mínimo uma iniciativa muito polêmica. No Brasil, acredito que isto não funcionaria. Primeiro porque o Lobby de editoras jamais permitiria, depois, os professores, temendo o desprestígio da classe fariam logo um movimento, sem perdermos de vista o fato de que não desenvolvemos ainda a cultura de leitura digital. Nem a leitura nos moldes convencionais está tendo sucesso entre os jovens! Além disso, cada aluno tem suas particularidades com relação ao aprendizado. Um tem melhor proveito com a utilização de recurso práticos, um é mais auditivo, outro mais visual, e por aí vai. Não dá para fixar o modelo digital como padrão para todos e em todos os níveis.
Acho ainda que não se pode introduzir os processos de ensino/aprendizagem com aplicação de meios digitais sem que o aluno tenha adquirido a habilidade de leitura convencional, digo, a leitura da literatura, preto no branco, em pepel. Ele pode até aprender a ler por meios digitais, mas vai ficar um vácuo em seu processo construtivo. Seria concebível um prédio sem alicerces? Como bem disse Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, ...”, primeiro o aluno precisa aprender a reconhecer o mundo e, depois, a leitura dos livros, da literatura propriamente. Da mesma forma, a leitura da palavra precede a leitura digital. Esta seria um terceiro estágio no processo de aprendizagem; aprendemos a reconhecer o mundo, aprendemos a reconhecer as palavras e depois enveredamos pelos caminhos da leitura digital. Acho que não dá para inverter essa ordem, dá?
Ah, ia me esquecendo. E o prazer de folhear um livro com cheirinho de novo? É impagável! Sem contar que você tem a informação, o conhecimento e o “poder” na palma da mão.
É no mínimo uma iniciativa muito polêmica. No Brasil, acredito que isto não funcionaria. Primeiro porque o Lobby de editoras jamais permitiria, depois, os professores, temendo o desprestígio da classe fariam logo um movimento, sem perdermos de vista o fato de que não desenvolvemos ainda a cultura de leitura digital. Nem a leitura nos moldes convencionais está tendo sucesso entre os jovens! Além disso, cada aluno tem suas particularidades com relação ao aprendizado. Um tem melhor proveito com a utilização de recurso práticos, um é mais auditivo, outro mais visual, e por aí vai. Não dá para fixar o modelo digital como padrão para todos e em todos os níveis.
Acho ainda que não se pode introduzir os processos de ensino/aprendizagem com aplicação de meios digitais sem que o aluno tenha adquirido a habilidade de leitura convencional, digo, a leitura da literatura, preto no branco, em pepel. Ele pode até aprender a ler por meios digitais, mas vai ficar um vácuo em seu processo construtivo. Seria concebível um prédio sem alicerces? Como bem disse Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, ...”, primeiro o aluno precisa aprender a reconhecer o mundo e, depois, a leitura dos livros, da literatura propriamente. Da mesma forma, a leitura da palavra precede a leitura digital. Esta seria um terceiro estágio no processo de aprendizagem; aprendemos a reconhecer o mundo, aprendemos a reconhecer as palavras e depois enveredamos pelos caminhos da leitura digital. Acho que não dá para inverter essa ordem, dá?
Ah, ia me esquecendo. E o prazer de folhear um livro com cheirinho de novo? É impagável! Sem contar que você tem a informação, o conhecimento e o “poder” na palma da mão.