domingo, novembro 27

Ser eu mesmo

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Na complexidade de ser eu mesmo,

Sou poeta;

Na impossibilidade de ser feliz,

Sou fingidor;

Na incerteza da cura,

Finjo não sentir dor;

Assim, sou como tu és:

Pessoa da cabeça aos pés.



Desejo a todos uma boa semana!





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domingo, novembro 20

Estação do amor

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By: STOCK4B-RF


***


Até 21 de dezembro vivemos a Primavera no hemisfério sul. É a estação tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna. A Primavera está associada ao desabrochar das flores e ao cenário dos amores.
A este cenário, o autor dos mais belos versos de amor não poderia se furtar. Este é um soneto camoniano dedicado à estação dos amantes.



XXVIII



Está-se a Primavera trasladando
Em vossa vista deleitosa e honesta;
Nas belas faces, e na boca e testa,
Cecéns, rosas, e cravos debuxando.


De sorte, vosso gesto matizando,
Natura quanto pode manifesta,
Que o monte, o campo, o rio, e a floresta,
Se estão de vós, Senhora, namorando.


Se agora não quereis que quem vos ama
Possa colher o fruto destas flores,
Perderão toda a graça os vossos olhos.


Porque pouco aproveita, linda Dama,
Que semeasse o Amor em vós amores,
Se vossa condição produz abrolhos.

(Camões. Rimas, 1595)
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segunda-feira, novembro 14

Alfabetizar hoje

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By: Roy Hsu

Para a UNESCO, uma pessoa é analfabeta quando não consegue ler ou escrever uma pequena frase. "A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento", dizia o grande pedagogo brasileiro Paulo Freire.

Hoje, 14 de novembro, comemora-se no Brasil (ou enforca-se) o Dia Nacional da Alfabetização, instituído pelo decreto 59.452, de 3/11/1966, assinado pelo presidente Castello Branco. A alfabetização é ferramenta fundamental para que o indivíduo possa exercer sua cidadania, e a Constituição Federal brasileira de 1988 oferece o dispositivo legal para isto, no artigo 205: "a educação, direito de todos e dever do Estado...”.

A sociedade moderna vive, no entanto, um momento de mudança de paradigmas. A família, célula mater da sociedade, sofre uma releitura de seus conceitos, e com isso, estabelece novos padrões de comportamento dos indivíduos e da educação que eles necessitarão. O modelo vovô, vovó, papai, mamãe e as crianças está em extinção. Chega de “vovó viu a uva”.

A evolução da tecnologia, por outro lado, exige novos métodos de alfabetização; fala-se em abandonar os métodos tradicionais do lápis e papel, tintas e massinhas e o treino de caligrafia. O alfabetizando ensaiará seus primeiros passos, ou suas primeiras tecladas, num computador ou num Tablet.

O modelo professor sabe-tudo e aluno simples aprendiz, também cai por terra. O grande provedor de conhecimento é hoje a WWW, o professor é apenas mediador, articulador de mídias digitais, orientador de estudos, e o aluno já traz de berço a ferramenta tecnológica.

Alfabetizar continua sendo uma missão sublime, importantíssima! Mas, ser alfabetizado hoje é sem duvida, muito mais, que assinar o próprio nome e ler e escrever algumas frases. O conceito de alfabetização também precisa ser revisto com urgência.
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quinta-feira, novembro 10

Bahia e a poesia contemporânea

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A Bahia sempre foi berço de grandes escritores. Encerra-se hoje a décima Bienal do Livro da Bahia, mas a atividade literária continua fervilhando, os baianos saem pelo Brasil divulgando suas obras.


O jornalista baiano Valdeck Almeida de Jesus lança “30 anos de poesias" na livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, dia 11 de novembro, às 18 horas e “Memórias do Inferno Brasileiro” em Ribeirão Preto, durante o congresso da União Brasileira de Escritores. O encontro acontece de 12 a 15 de novembro, com debates, mesas redondas, seminários, oficinas literárias, lançamentos de livros etc. O livro de memórias será lançado dia 13, às 17 horas. Dentre outras atividades, Valdeck fará a leitura de um poema em homenagem a Damário da Cruz, poeta da Bahia, falecido em 21 de maio de 2010.

O livro “30 anos de poesias” reúne obras literárias escritas dos 12 aos 42 anos do poeta jequieense, além de textos de outras épocas.

A Livraria Martins Fontes Paulista fica na Avenida Paulista, 509 - São Paulo-SP - (11) 2167-9900
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domingo, novembro 6

Poesia: ler & escrever

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Li o poema mundo,
Fiz um poema mudo;
Vi na poesia arte,
Vi na arte tudo.

Li o poema concreto,
Fiz um poema discreto;
Fiz poesia por amar-te,
Nunca a fiz por decreto.

Li a poesia formal,
Fiz um poema sem sal;
Vi poesia em toda parte,
Li poesia visceral.

Li o poema da criação,
Li poemas por pura paixão;
Vi que poesia faz parte,
Das coisas do coração.

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Boa semana a todos!
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