domingo, maio 27

Nasce um lindo dia

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Foto de: Jon Sullivan

 O dia nascia sob chuva intensa. Mesmo assim, eu tinha tudo para acreditar que aquele seria um lindo dia.

A tímida luminosidade que surgia no horizonte ia gradualmente dourando as nuvens mais baixas e a elas lentamente se sobrepondo. O disco âmbar do sol pouco a pouco despontava. Era como se irrompesse das profundezas do mar. Enquanto isso, o véu negro da noite, em rumo oposto, esvaia-se levando consigo a chuva.

Nas tépidas águas daquele mar tropical já se podia ver, entre ondas suaves, a espuma alva que sobre elas se formava. Após pular algumas marolas rendadas, a ainda escassa luminosidade já era suficiente para revelar, ao mais desatento notívago, que eu não assistia àquele espetáculo sozinho.

O milagre do alvorecer enfim se completava e o ouro do sol misturava-se ao bronze familiar da tua pele molhada. Naquele instante, imersos além da cintura, nos abraçamos. Então, após um longo e ardente beijo, corremos até o carro, antes que alguém mais testemunhasse a cena. Nós dois tão à vontade.

Num segundo, a luminosidade já era plena! O sol reinava soberano quando acabamos de nos vestir.

O dia? Como previsto: lindo!
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sábado, maio 19

Vivendo a vida

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Imagem de domínio público
  
Prosando com a vida
by Tony

O sonho é terreno da poesia;

O amor habita corações e cama;

O campo da realidade é prosa;

A vida, tragédia e drama.



Acordado sonho, faço planos,

Mas o destino comigo troça.

Hoje, gozo o que me oferta o dia,

Amanhã talvez não possa.

Bom final de semana!

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terça-feira, maio 15

Esperança

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Foto: Douglas Menuez - Coleção: Lifesize
Blogagem coletiva

Vejo a esperança por dois aspectos. O primeiro, como uma luz que o ser humano já traz consigo de berço e que o conduz ao futuro incerto. A outra, uma forma de conexão com os sonhos, com as expectativas que a gente mesmo cria conforme as dificuldades momentâneas que a vida nos oferece.

Por conta da luzinha inata que trazemos, vivemos na esperança de dias melhores, na expectativa de haver um amanhã, de haver um futuro que nos é reservado. Nutrimos a vontade de bem viver, de amar e de ser amado. Suportamos nosso fardo na eterna esperança da recompensa, da plenitude. Em vida, se possível. Essa esperança é como o sol de inverno que timidamente rompe a névoa da manhã e te faz acreditar que aquele será um lindo dia. Talvez esteja mais ligada a um outro valor humano. A fé.

A outra forma de esperança, aquela que criamos sobre determinados eventos, está diretamente ligada a nossos sonhos, carências e projetos de vida. Tem a ver com o desconhecido e com o nível de expectativa que pomos nos empreendimentos, sejam materiais ou sentimentais. À medida que vivemos o presente, corremos riscos calculados, tentando superar obstáculos, nutrindo expectativas e esperando por momentos positivos. Empenhamos ali o desejo de mudanças, de satisfazer essas carências, de realizar sonhos.

Acender a esperança sempre que perseguimos um sonho é importante para se manter a conectividade entre ele e a realidade. Nesse sentido, quanto maior o nível de esperança, maiores são também as chances de frustrações, infelizmente. Mas, seria possível dosar? Creio que esperança não se dosa, empenha-se tudo! O fato é que as duas formas são igualmente necessárias à sobrevivência. Sem esperança na dá pra continuar porque o amanhã nos aguarda cheio de promessas.



Este texto faz parte da terceira fase da Blogagem Coletiva "Amor aos Pedaços", cujo tema é Esperança
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domingo, maio 13

Sem palavras

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Mãe você me deixa sem palavras!
Foto disponível em: wallpaperstravel.com

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Mãe é um colo sempre disponível na alegria e na dor.
Um beijo a todas elas!
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terça-feira, maio 8

Abandono de incapaz

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Foto: Jorg Greuel - Coleção: Photodisc (RF)

Gente! O bichinho mal completou quatro anos e está assim, largado! Há dias o blog não é alimentado. Virtualmente falando, podemos até ser indiciados por abandono de incapaz, rs.
Infelizmente isso pode acontecer. Há dias em que você mexe pra lá, mexe pra cá, e nada de interessante sai da cachola para o papel. Ideias até existem, muitas, às vezes, mas texto que é bom, neca de pitibiriba. Nem chacoalhando de cabeça para baixo!
Pois é! Acho que atravesso dias assim. Andei rascunhando algumas ideias, razoáveis até, mas, nenhum texto conclusivo.
O papel em branco às vezes me lembra do enigma da esfinge: “Escreve-me ou te devoro”.
Ah! A "criança" não está abandonada! Só precisamos de um tempo.

Uma boa semana a todos!



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