sábado, julho 28

Olimpíadas: Londres 2012

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Começou oficialmente as XXX olimpíadas, cuja sede será a cidade de Londres. O evento acontecerá de  27 de Julho a 12 de agosto.  Londres é a primeira cidade a sediar os jogos pela terceira vez, a cidade já sediou os Jogos Olímpicos da  Era Moderna em 1908 e 1948.

Os mascotes escolhidos foram  duas gotas de aço polido feitos em animação de cartoon e  receberam os nomes de Wenlock e Mandeville.


Serão disputadas 29 modalidades de 26 esportes: Atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica artística, rítmica e de trampolim, handebol, halterofilismo, hipismo, hóquei na grama, judo, luta (livre e greco-romana), natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático, pentatlo moderno, remo, taekwondo, tiro, tiro com arco, tênis, tênis de mesa, triatlo, vela, voleibol e volei de praia.

O Brasil participará com 167 atletas em várias modalidades, alguns com chances reais de trazer medalhas para o Brasil.

O voley de praia,  voley de quadra, judô, natação, vela são alguns dos esportes que tem chances reais de ganharem medalhas.

Para os apaixonados pelo esporte serão 15 dias de emoção, com os melhores atletas de cada modalidade.


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terça-feira, julho 24

Nem tudo é festa na Flip

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Igreja de N. s. das Dores

Após um dia cheio de atividades, quando chega a noite e o cansaço, a gente até esquece que as atrações continuam noite adentro e o que se quer mesmo é uma boa cama para descansar e folhear os livros, jornais, revistas e panfletos conseguidos. A satisfação é igual a de criança em distribuição de doces. O dia seguinte será mais um cheio de palestras, entrevistas, shows e mesas de discussão. É preciso decidir o que se quer ver ou fazer, afinal, não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Por falar em dormir, só quem pernoita na cidade durante a Flip tem a chance de observar detalhes de bastidores. E levantar cedo, se você conseguir, pode proporcionar um aprendizado a mais.

Durante os eventos, quando as “estrelas” chegam, e você já está lá sentadinho no ar condicionado esperando ansioso pelo seu escritor preferido, ninguém imagina quantos profissionais foram mobilizados para que aquela entrevista fosse possível. Logo cedo, um verdadeiro “exército” de profissionais de limpeza entra em ação. É intrigante, mas mesmo num evento cultural, internacional, as pessoas ainda jogam lixo no chão, nas ruas. Mas até as nove da manhã tudo estará limpo e arrumado, bilheterias e postos de informações abertos. Até aí, outros “exércitos” também já estarão a postos. São seguranças, recepcionistas, técnicos de comunicações e de informática, manutenção elétrica e eletrônica, copeiros, arrumadeiras, repórteres, imprensa em geral, editoras, livrarias, comerciantes, patrocinadores, tradutores, interpretes, guias de turismo e tantos outros. E na hora certa, o seu astro vai entrar e tudo vai funcionar “perfeitamente”.

Mas, se eu dissesse que na Flip tudo é perfeito, eu não estaria sendo perfeito, quer dizer, verdadeiro. Apesar do grande número de pousadas, a capacidade de hospedagem da cidade ainda é insuficiente e os preços praticados muito elevados durante a Festa. As condições de saneamento são precárias, talvez por ter que respeitar o Patrimônio Histórico. O serviço de informação ao turista deixa muito a desejar, fica muito afastado dos acontecimentos. Uma festa literária desse nível deveria promover em paralelo uma feira de livros, o que não acontece. O comercio de livros é monopolizado; se você quiser comprar algum lançamento terá que dirigir-se a única livraria do evento, que aliás não muda.

A Flip é vista como um evento democrático. Mas é preciso ter realmente uma visão democrática. É preciso abrir o evento para outras livrarias, abrir espaço para o escritor independente, que de uma forma ou de outra está sempre presente, mesmo que como um “estrangeiro”. A cultura popular aos poucos vem se chegando também. A Literatura de Cordel já tem representantes na Flip, mas, da mesma forma, como “penetra”. Artistas de rua, poetas itinerantes, comunidades nativas, também enriquecem a Festa. É preciso que os organizadores encontrem uma forma de englobar todas estas vertentes culturais e Paraty não pode se descuidar da infraestrutura.

A verdade é que com Flip ou sem Flip Paraty é um passeio que vala a pena!

 Eu volto!
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sexta-feira, julho 20

Dia do amigo

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Circle of children - Por: David Foreman
***
Aproveitando a maré da Festa Literária Internacional de Paraty, onde Drummond foi o auge, eu desejo  aos amigos tudo isto:

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
(...)

...um livro de Carlos Drummond para ler e muito mais!

Feliz Dia do Amigo!


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quarta-feira, julho 18

O pós-Flip III

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No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho - Drummond”, não só uma, mas duas, três,... milhares delas. Vamos em frente. Andar pelo centro histórico de Paraty é igual a pular amarelinha: um pé aqui, outro ali, vamos prosseguindo e apreciando o que há para ver pelo caminho, pedra a pedra.

Exposições de artes, a exposição de todos os escritos de Drummond na Casa da Cultura, artesanato indígena pelas calçadas, musica nos bares, uma réplica do monumento ao poeta (igual ao de Copacabana), um artista itinerante que incorpora o poeta em carne e bronze como estátua viva, o cordelista que canta em versos de cordel a vida de Carlos Drummond e muito mais manifestações voltadas ao homenageado encantam o visitante até que ele chegue ao espaço da Flip propriamente. Durante esta edição do evento Paraty recebeu mais de 20 mil turistas-leitores.

Quando se chega à Praça da Matriz, um dos atrativos que mais me chama a atenção são os pés-de-livros.  Apesar de ser uma atividade voltada para crianças e adolescentes eu não resisto à tentação dos livrinhos pendurados balançando na minha frente ou jogados estrategicamente sobre uma lona; parecem desafiar “leia-me ou te devoro”. Os bonecos de papel machê representando os personagens das estórias infantis também chamam a atenção na praça.

Já no espaço Flip uma sequência de gigantescos painéis fotográficos salta aos olhos do turista. Fazem parte de uma homenagem a todos os escritores convidados durante os dez anos da Festa.
e tem muito mais...
Bom final de semana!
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domingo, julho 15

Amor aos pedaços: reintegração

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Reencontro 
Tony
O encanto chega sem avisar,
O desencanto pode não tardar,
Conserva-se a eterna esperança
De um dia outro encanto se dar.

Mas após todo questionamento,
Se nos resta do amor o sentimento,
E das feridas não restou lembrança,
Por que não podem os corações se reencontrar?



&&&
Uma busca pelo significado de reintegração, pode dar como primeiro registro algo relacionado a propriedade, posse, reintegração de posse, a retomada de um lugar supostamente seu. Justamente a significação mais nociva ao amor.
O amor não nos faz proprietário da coisa amada. A seguir por esse caminho, logo os encantos virarão desencantos. E na esperança de reencontrar o caminho do amor passamos a questionar a tudo e a todos. Brigamos com o mundo.
Os atos do amor não seguem um script rígido. Ao mesmo tempo em que é poesia, é ágrafo. É, a um só tempo, previsível e surpreendente.
Nos sonetos de Florbela é tudo inconstante: O amor que se vai é igual a outro amor que vem e que há de partir também. Não se sabe quando...
Inconstância
Procurei o amor que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava.
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
*
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
*
Passei a vida a amar e a esquecer...
Um sol a apagar-se e outro a acender
Nas brumas dos atalhos por onde ando...
*
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há de partir também... nem eu sei quando...
...
Florbela Espanca, "Livro de Sóror Saudade"
Queremos agardecer ao luzdeluma a oportunidade de participar desta blogagem coletiva, que, além de muito interessante nos proporcionou fazer muitos contatos cibernéticos.
Uma boa semana a todos!



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quarta-feira, julho 11

O pós-Flip - II

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Quando o visitante adentra o centro histórico de Paraty, o primeiro impacto que lhe afronta é quando ele transpõe a divisa entre o asfalto e o calçamento de roliças pedras "pés-de-moleque". Passar esta linha é mergulhar num tempo de descobertas de um Brasil que engatinhava em busca de ouro e pedras preciosas. Dessa luta, restou, incrustada entre a serra e o mar, essa gema preciosa que é Paraty.

Paraty foi fundada em 1667 em torno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Para “viajar” por suas ruas é preciso literalmente descer do salto. A forma rústica das pedras obriga o recém-chegado a dar passos cautelosos, a olhar por onde pisa, apreciar a arquitetura a sua volta. Aqui, quase quatro séculos de história lhe contemplam.
O centro histórico da cidade, onde se realiza a Flip, fica entre dois rios. Atualmente, as atividades principais da Festa se concentram nas margens do rio Perequê-Açu, que é um atrativo a mais com seus barcos enfeitados. Na margem esquerda ficam concentradas a Tenda dos Autores, a Tenda do Telão, a Tenda dos Autógrafos e as Tendas institucionais. Na margem direita a Flipinha (para crianças), a Biblioteca da Flipinha, a Flipzona (para jovens), as oficinas e as demais atividades da praça.

Na praça da Matriz ocorrem os eventos mais importantes para a garotada durante a Flip. São oficinas de artesanato, teatro ao ar livre, os pés-de-livros, os cenários das fábulas, a pipoca, os doces e muitas brincadeiras educativas.

Esta foi a décima edição da Festa Literária Internacional de Paraty. Desde seu inicio em 2003, foram homenageados, na ordem, os escritores Vinícius de Moraes, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Gilberto Freire e Oswald de Andrade. Esta é dedicada a Carlos Drummond de Andrade, um dos mais importantes poetas brasileiros de todos os tempos. Modernista e acima de tudo, moderno.

“O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.” C.Drummond.
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domingo, julho 8

O pós-Flip - I

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eu diante do Poeta
(Réplica do monumento existente em Copacabana) 

Acordei com o cheiro familiar de livros novos. Sobre o criado-mudo vários deles. Caído ao pé da cama, um exemplar de Drummond denunciava que adormeci devorando o fruto da garimpagem na Flip 2012. O cenário agora é o de casa, não fiquei para o encerramento.
A maior festa literária da América latina, que reúne mais de 40 autores nesta edição, encerra-se hoje . Os três dias que passei lá foram bem aproveitados. Voltei tão familiarizado com Drummond que estou me sentido quase um dos Andrades.
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O evento é sempre grandioso, principalmente esta edição que comemora também os dez anos de Flip, homenageando o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Paraty que já é poética por vocação transpirava poesia. Cada pedra daquela histórica arquitetura colonial homenageava o poeta modernista.
É sempre recomendável que o visitante, amante da literatura, já chegue à cidade com o programa da festa na mão e sabendo exatamente o que quer ver e ouvir, o que não é fácil diante de tantas ofertas. São tantas eventos interessantes, para todos os gostos e idades, que se você não estudar o programa com antecedência acaba perdendo alguma atividade importante que gostaria de ter visto.
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Temos muito que falar de Paraty, de Drummond, de literatura, só preciso de um tempinho para arrumar as ideias. Voltaremos ao tema.

Boa semana a todos!

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quinta-feira, julho 5

Outras poesias

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Enquanto destilo, em estação estival, o pouco que brota das corriqueiras fontes de inspiração, por que não beber de águas cristalinas, de tão delicioso manancial. A poesia simples, ao mesmo tempo rica, de Emily Dickinson.

Juntamente com Walt Whitman, semeador da poesia moderna, do poema livre, Emily Dickinson é um dos grandes nomes da lírica norte-americana do século XIX. Emily não publicou livros em vida, mas deixou ricos escritos em diários, cadernos e cartas, que foram publicados por seus familiares após sua morte.

A poetisa viveu em um período muito difícil para todas as mulheres da época. O destino das mulheres deste século era serem esposas e mães, ou irem para conventos se dedicarem à vida religiosa. Emily nunca casou, mas não significa que não tenha amado. Nos seus últimos anos viveu enferma e em total reclusão domiciliar. Morreu jovem, aos 55 anos, em 1886.

Seus poemas são, na grande maioria, simples, breves, puros e adoráveis.

There is an arid Pleasure
As different from joy –
As Frost is different from Dew –
Like element – are they –

Yet one - rejoices flowers –
And one – the  Flowers abhor –
The finest Honey – curdled –
Is worthless – to the Bee -

A tradução certamente não é o melhor caminho para o entendimento da poesia, pelo menos de sua essência, mas, com o intuito de mediar a leitura, vejamos como ficaria em tradução livre:
Existe um árido prazer
Tão diferente da alegria
Quanto o gelo do orvalho
Embora o mesmo elemento sejam.


O último para a flor é festa
O primeiro, detestável
O mais fino mel, congelado,
É inútil para a abelha.



Sempre que possível aprecie poesia direto no original.


Bom final de semana!


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domingo, julho 1

Abençoada: e bonita por natureza!

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Temperatura amena, céu claro, um sol festivo. A praia começava a encher-se de banhistas e atletas de fim-de-semana. Um dia perfeito!

Fiz minha caminhada pelo trajeto de sempre. Detive-me por algum tempo na feirinha de livros usados que ocorre uma vez por mês e prossegui aproveitando a manhã ensolarada. Há dias que o carioca não tinha um sol assim.

Mais tarde, já em casa, banho tomado e café, tomando, liguei o computador para me inteirar das notícias do domingo. Não precisei navegar muito para que me saltasse aos olhos uma notícia “maravilhosa”.

A UNESCO acaba de declarar o Rio de Janeiro Patrimônio Mundial da Humanidade, na categoria Paisagem Cultural Urbana. Depois de tudo que vi esta manha não podia ser diferente. Sou testemunha ocular; se precisar, assino embaixo. Não é de explodir de orgulho!

A eleição foi durante a 37ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial em São Petersburgo, na Rússia.
Parabéns Rio, parabéns cariocas, parabéns brasileiros!
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