Contos mínimos II
Amor e loucura
Insanos falam de amor
Pois há razão na loucura
Também loucura no amor.
Como posso ignorar
O amor de uma mulher,
Que se diz apaixonada,
E o tanto que me quer.
&
Amar mesmo! Só a ela.
Ficar preso por vontade,
Digam, pois o que quiser
Deve ser insanidade.
&
Fechar olhos para o mundo
Pra sempre junto estar
Contemplando só a ela
Sua dor para si tomar.
&
Apenas viver o amor
Pouco a pouco se entregar
Ser insano é saber
Que loucura é amar!
Esteja pronto
Os medos e fantasmas de cada um
O Natal
Nesse período procuramos ser benevolentes, gentis, agradecer as conquistas de todo o ano , por estarmos mergulhados na rotina estressante do dia a dia, muitas vezes não olhamos nem para nós mesmos que dirá para o próximo.
Na busca pelo ter esquecemos o ser, fazemos listas de conquistas e na maioria das vezes , os itens são todos materiais, não lembramos de colocar coisas do tipo:
Vou ser uma pessoa melhor
Vou dizer ao meu pai, mãe, amigo, irmão, namorado que o amo.
Vou fazer um trabalho voluntário.
Normalmente essas listas tem coisas como:
Trocar de carro
TV LCD “50”...
O período natalino nos induz ao consumo , são as chamadas confraternizações com seus amigos secretos, Natal virou símbolo de dar e receber presentes.
Bom seria se todos tentassem por a ética, a generosidade , o respeito consigo e com o seu próximo.
Com certeza a cada ano teríamos um Natal melhor para todos , vivenciando o verdadeiro espírito do Natal.
Um bom fim de semana a todos.
Martha Medeiros entre os 100 brasileiros mais influentes de 2010
A revista Época dessa semana traz uma lista das 100 pessoas mais influentes de 2010, que se destacaram em várias áreas de atuação. É a quarta edição feita anualmente, e conta com a colaboração dos leitores que fizeram suas indicações pelo site e por indicações de especialistas de várias áreas.
A autora inicia sua narrativa visceral no instante da despedida, da queda, do fim trágico, nem além nem aquém da dor maior: quando se tem a certeza de que não há mais volta. Aos poucos, o leitor vai compreendendo como tudo aconteceu, como tudo afinal foi ficando fora de controle.
Recém-separada de um casamento longo e pacífico, a protagonista se apaixona loucamente, embora não cegamente, por um outro homem, de personalidade conturbada, com quem vive uma intensa paixão. Consciente do mergulho, a mulher pressente que no fundo daquela relação só acabaria encontrando a escuridão da dor. Mesmo assim, dá o salto. E perde. A entrega aqui é um vício sem saída.
Pescando palavras
Um dos passeios que eu mais gostava de fazer quando me sentia um pouco angustiado era passear pela orla de Niterói. São tantas pequenas praias e enseadas que o cenário muda a cada curva. Quando a estâmina me permitia, corria por todas elas; hoje, faço o mesmo trajeto caminhando encantado com tanta beleza. A disposição de corredor talvez não seja a mesma, mas a sensibilidade me favorece hoje o que a velocidade não me permitia naqueles idos anos.
Adorava sentar-me nas pedras e ficar apreciando a paisagem, o comportamento do mar, sereno, equilibrado. Enquanto pescava idéias para os meus textos, observava também as pedras e ilhotas de Niterói: Pedra do Índio, da Praia das Flechas, a Ilha da Boa Viagem. Perdia-me por aquela orla. De vez em quando pescava um pneu ou um sapato velho, mas, entre bagres e sardinhas, retirei dali lindas pérolas.
Trabalho:
o ópio do povo
Após horas a fio de trabalho pesado e exaustivo, a lassidão vai tomando conta do corpo. O calor estival torna penosa a rotina de esforço hercúleo, entorpece músculos, bloqueia o cérebro. O sacrifício drena as toxinas e os sais de suas veias, esgota-lhe a energia dos tecidos. Envolto em pouca carne, estruturado em músculos e epiderme calejada, quase uma besta de carga, uma máquina quase humana, ou um humano quase máquina, deleita-se no suor que escorre pelo bronze da pele macerada. Carreia a carga, cumpre a sina: comer do próprio suor.
O dia é curto para a tarefa, esta é longa para o salário. O sol encerra seu turno do lado de cá, com ele, o corpo exausto, entrega-se ao cansaço, relaxa. Goza o ínfimo lapso do esforço imposto. A noite revela-se curta para o repouso necessário e merecido, esquece. Sem armas, sem defesas outras que não a força de seu trabalho, repousa o guerreiro. Adormece.
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Segunda-feira é dia de luta!
Boa semana a todos!
UECE, descaso provoca acidente no restaurante universitário
Tempo esgotado
Pastel com caldo de cana
Escrever
De posse de pena e papel, encontro-me. Retrato com palavras tudo que vivo e sinto; se sangro, desato a rir ou choro, nelas transpareço. Com elas fluem meus sentimentos, meus medos, meus pesadelos e, relutante, rabisco meus segredos; transcrevo. Nas entrelinhas, revelo furtivamente com prazer minhas ansiedades, meus sonhos. Por fim, transbordo. Entrego-me à fruição, fantasio, imito grandes mestres. Tento. Transcendo: escrevo.
Poesia é
De vez em quando me perco pelos meandros da poesia:
Versos livres
Centenário de Raquel de Queiroz
No dia 17 de Novembro de 1910 nascia em Fortaleza-Ce, Raquel de Queiroz. Filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz,sua bisavó materna era prima do escritor José de Alencar. Seu pai era juiz de Direito em Quixada. Em 1913 seu pai foi nomeado promotor e sua família veio morar em Fortaleza. Só ficou um ano no cargo pediu demissão e foi lecionar Geografia no colégio Liceu do Ceará. Cuidou pessoalmente da educação da filha.
Gugindo da seca , moraram no Rio de Janeiro e Belém, onde ficaram por dois anos.Retornam a Fortaleza e Raquel vai estudar num colégio interno e em 1925 se forma professora aos 15 anos.
Em 1930, por motivo de doença é obrigada a repousar e resolve escrever "O Quinze"
Casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Raquel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.
Raquel de Queiroz foi a primeira mulher a assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Suas obras:
- Romances:
- João Miguel (1932)
- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)
- O menino mágico (1969)
- Cafute & Pena-de-Prata (1986)
- Andira (1992)
- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.
- Lampião (1953)
- A beata Maria do Egito (1958)
- Teatro (1995)
- O padrezinho santo (inédita)
- A sereia voadora (inédita)
- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
- Mapinguari (1964)
- As terras ásperas (1993)
- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}
- A longa vida que já vivemos
- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas
- Cenas brasileiras
- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)
- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002)
- Três romances (1948)
- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras,
As três Marias)
- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai
Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.
Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Ferrari vermelha
Tá uma Ferrari não é para qualquer um, a grande maioria dos mortais sequer vai ver uma de pertinho, uma pena. Já pensou você empunhar o volante, engatar a primeira marcha e acelerar essa maravilha do automobilismo?
Mesmo não tendo uma Ferrari , você pode se dar ao luxo, um pouquinho caro ( a partir de 850 euros) de pilotar essa máquina, e também Lamborghinis e Maseratis, você pode partir de Roma, Milão ou Florença, é você vai ter que ir a Europa.
A Red Travel empresa que aluga os carros disponibiliza roteiros de até 8 dias e priorizam as estradas sinuosas da Toscana e da Umbria, algumas dessas estradas são lendárias pistas de corrida, sem contar que a paisagem e recheada de castelos e vilas medievais.
Vocẽ ainda tem um guia, pois um carro da agencia serve de batedor e outro segue levando um mecânico e a bagagem , pois esses carros tem porta-malas muito pequeno.
É o tipo de passeio que você não esquecerá.
Desejo a todos um bom feriadão.
A primeira vista
Encontros, desencontros, surpresas...
Quando tinha 15, 20 anos achava que quem tinha 50 anos era um velho, já com o pé na cova, hoje aos 50 não me sinto velha, muito menos com o pé na cova.
Também achava que só se ama, amor de homem/mulher quando se é jovem, ledo engano, já tive varias provas disso, eu mesma já andei me apaixonando na idade adulta.
Como os contos de fada só existem nos livros, vou contar uma história real que aconteceu com uma amiga próxima.
Era uma vez uma garotinha que aos 11 anos se apaixonou por um amiguinho e claro que ela não contou para ninguém, o garoto nunca soube que era o alvo da sua paixão. O tempo foi passando e a garotinha nunca teve coragem de demonstrar o afeto pelo garoto. Cresceu , namorou outros rapazes, perdeu o contato com ele, casou, descasou e quando estava com 40 anos, ao atender o telefone para atender um cliente no seu trabalho, quem está do outro lado da linha?
Ele, por incrível que pareça, reconheceu sua voz na hora, deu uma tremedeira nas pernas, a medida que ele foi falando, teve a confirmação de que se tratava mesmo do seu amor do passado.
O mesmo estava viúvo, daí a se encontrarem foi um pulo, e o mais impressionante (para ela), é que ele ficou interessado por ela. Em pouco tempo estavam vivendo uma grande paixão.
Fizeram muitos planos, alguns até realizaram, e ela que não acreditava que o amor batesse a sua porta novamente, estava em estado de graça.... mas como o conto não é de fadas, o alvo da sua paixão morreu, num acidente de carro...
Hoje superada a perda, continua esperando, quem sabe num golpe de sorte o amor bate a sua porta novamente.
Portanto se você está sozinho(a), achando que nunca mais vai se apaixonar porque já passou da idade, acredite o amor não tem idade cronológica, se você estiver aberto , ele poderá acontecer novamente na sua vida.
Desejo a todos um fim de semana cheio de romance.
Já é Natal!??
A triste constatação me leva a ver que tenho dívidas comigo mesmo. Seja por que mereço ou por que de vez em quando me prometo uns agrados, a verdade é que tenho um monte de projetos 2010, em proveito próprio, inconclusos.
Sou um cara de muitas vertentes, muitos interesses. Pouca verba, parco poder, porém rico em sonhos. Tudo que se move, de alguma forma, me interessa, tudo que tem conteúdo merece a minha atenção e sede de conhecer. Com isso, vou ficando assoberbado de planos: em 2010 vou fazer isso, vou fazer aquilo, vou viajar vou fazer, vou acontecer. Dois ou três deles ainda realizarei, mas, pelo caminho, vejo que alguns projetos caíram da mão.
Momento histórico:
Dilma Rousseff é eleita a primeira presidente da história brasileira.
Que ela consiga sair da sombra do presidente Luis Inácio e faça valer cada voto que recebeu e realize um bom governo.
Surpresaaaa!
Ensaiei vários textos para hoje. As palavras estão gastas, viraram lugar comum, porém para o texto de hoje não há muito que inventar. Assim, de público, para os amigos, Feliz aniversário é o melhor que se pode dizer. Que bom estar com você nesta data. Mesmo que apenas na sua casa virtual. Mas fico muito feliz de estar contigo.
Pois é. Hoje é aniversario da dona da casa, Lugirão.
Lu, - Hoje eu queria ser o primeiro a te dar um grande abraço e um beijo e te desejar Feliz Aniversário, embora virtual, como disse. Então se considere abraçada e beijada. Muito!
Que você possa desfrutar com saúde cada ano, cada dia de vida que o Senhor te conceder, (no real e no virtual, rss).
Agora, convido a todos os visitantes do Voz a cumprimentar a dona da casa.. Não me perguntem quantos aninhos que eu também não sei, nem importa, não muito. Afinal toda idade tem sua graça, sua beleza. E a vida deve ser comemorada a cada dia. Vamos comemorar.
Pode entrar que a casa é nossa!
Ler:
Instigado pela tentação da capa adentro um portal mágico. Ao folhear as primeiras páginas, mundos desconhecidos descortinam-se, ricas imagens vão sendo reveladas diante dos meus olhos. Palavra a palavra, ponto a ponto, histórias brotam em profusão. No curso das letras, sonhos; nas entrelinhas, vida.
Degustadas as primeiras páginas, já transito por outros universos. Num mergulho mais profundo sonho e realidade se confundem. Então, de mãos dadas com o narrador passeio pelo tempo, pelo espaço, por sua mente. Percebo, entremeadas em suas idéias, que às vezes também são as minhas, sutilezas de sua personalidade, seus medos, suas angústias, suas loucuras. Através de seus relatos conheço da minha história outras estórias. Deleito-me com a beleza das palavras e com as impressões de um mundo-livro.
Um país se faz com homens e livros (M. Lobato); um homem, com livros e mais livros!
Já leu a sua dose diária?
Boa semana a todos!
Contos mínimos
Rolo na cama a sua procura e nada. Cético, acendo a luz. Para meu desespero, vejo a porta entreaberta e um bilhete sobre o travesseiro, selado com seu batom.
- Não foi sonho!
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada
Se você vai passar o Domingo em casa, só descansando. Que tal assistir um filme?
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada, foi lançado em 2007 , se você não assistiu recomendo.
Com os atores Steve Carell e Juliete Binoche como protagonistas, é um filme agradável, em que Steve é um colunista de um jornal que fala sobre comportamento, viúvo e pai de 3 filhas, nunca tem tempo para sí mesmo. Até que num fim de semana com a família conhece Marie, por quem se apaixona, mas descobre que ela é namorada do seu irmão. O filme trata de frustações, com alguma melancolia, mas ao mesmo tempo é engraçado, e de como a vida pode ser surpreendente.
Dia do Poeta
Todo dia é dia de poesia.
O poeta consegue através de seus versos sensibilizar, dizem o que vai na alma, através de rimas, sonetos ou poemas.
Muitos se inspiram no seu cotidiano, em amores, ou simplesmente fantasiam.
A poesia e a música andam juntas, na Grécia as poesias eram cantadas.
Talvez a melhor definição seja a de Fernando Pessoa:
”O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente./ E os que lêem o que escreve/ Na dor lida sentem bem/ Não as duas que ele teve/ Mas só as que ele não têm/ E assim nas calhas de roda/ Gira, a entreter a razão/ Esse comboio de corda/ Que se chama coração”.
UM pouco de poesia:
MEUS OITO ANOS
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfumes a flor;
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar
O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! Dias da minha infância!
Oh! Meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Naquela risonha manhã
Em vez das mágoas de agora,
E tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos da minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
Pés descalços, braços nus,
Correndo pelas Campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos,
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava as Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das laranjeiras,
Debaixo dos laranjais!
Casimiro De Abreu
Esse post é dedicado ao Tony , meu parceiro no Voz, que nos tem brindado com o seu poetar.
Protesto
Não é muito do meu feitio falar de política, mas vou arriscar o meu bigode.
A classe de políticos, militantes e simpatizantes adora alardear por aí as vantagens de uma democracia. É democracia pra lá, é democracia pra cá. Principalmente em época de eleições. Mas, todos sabemos que democracia plena é mera utopia. Ou você ainda acredita no chavão “o povo no poder”?
Uma das grandes conquista da democracia é sem dúvida o direito de voto. Mas, aqui prá nós, por trás do escudo de “voto secreto”, há muito tempo eu voto nulo. Teremos segundo turno. Não siga este mau exemplo!
Mas qualquer dia desse eu voto, quero exercer esse direito. Como um direito!
No dia em que eu não for mais obrigado a votar, gastarei uma parcela do meu precioso tempo pensando em quem mereceria meu voto;
Quando eu não mais for obrigado a assistir campanha política na minha TV, no horário nobre, e ainda pagar a conta, procurarei na mídia disponível os projetos de cada candidato e escolherei o que melhor se adequar à vocação política da minha cidade, estado ou país, e que tenha “ficha limpa”;
Quando nós não tivermos que pagar salários exorbitantes a políticos que votam um salário de miséria para professores e médicos e matam de fome o trabalhador com um salário mííííínimo, terei prazer de ir às urnas votar em alguém que se preocupe mais com a distribuição de renda;
Quando eu não for mais obrigado a aceitar analfabeto no poder, por conta de coligações, quociente eleitoral, ou outro artifício qualquer, escolherei um candidato que não me queira fazer de palhaço, nem seja um;
Quando eu não mais for obrigado a apertar o cinto enquanto eles se refestelam com meu dinheiro, elegerei um que administre melhor a arrecadação do país;
Quando eu não mais for obrigado a ir às urnas aos domingos, nas minhas horas de lazer, pensarei, durante a semana, no compromisso sério que é votar;
Quando os princípios democráticos não forem apenas bandeiras políticas de época de eleição, mas sim levados a sério, terei a satisfação de escolher um representante pra lutar pelos meus direitos.
Enquanto isso, só me resta protestar.
Quem fala o que quer ouve o que não quer. Proteste!
Um dia para leitura
O governo instituiu, em de 8 de janeiro de 2009 , o dia 12 de outubro como o Dia Nacional da Leitura. A Lei n.º 11.899, que prevê ainda a Semana Nacional da Leitura e da Literatura; está no Diário Oficial. Mas parece que ficou só lá mesmo! As escolas estão em recesso, feriadão e sexta feira é dia do professor, também não tem atividades. Para complicar a semana é cheia de outras comemorações como Círio de Nazaré, dia da criança, dia de N. S. Aparecida, será que alguém se lembrou da Semana Nacional da Leitura, ou Dia Nacional da Leitura? Gente! Parece que até os santos são contra a leitura...Definitivamente não é com leis que vamos mudar esse país!
Acho que a leitura ficou só no Diário Oficial da União mesmo, pior, nem leram o Diário.
Valei-me “São” Castro Aves!
"Bendito, bendito é aquele que semeia livros,
livros a mão cheia e manda o povo pensar;
o livro caindo na alma,
é germe que faz a palma,
é chuva que faz o mar."
(Castro Alves)