quarta-feira, agosto 31

Fabiana Murer: campeã mundial do salto com vara

 

Fabiana Murer com um salto de 4,85, se tornou campeã mundial do salto com vara, no último dia 30. O fato é inédito na história do atletismo brasileiro.
Até pouco tempo Yelena Isinbayeva, atleta da Rússia era certeza de primeiro lugar , para as outras atletas restavam as disputas de segundo e terceiro lugares, mas Yelena esteve afastada  das competições por um ano e ainda não recuperou o melhor da sua forma, com isso Fabiana que já tinha sido campeã  indoor em Doha,no ano passado, confirmou  o título em Daegu ,na Corea do Sul no Mundial ao ar livre.

Fabiana conquistou sua melhor marca em 4 de junho de 2010, com 4,85 metros, que também é o recorde sul-americano da prova, e foi igualada nesta terça-feira.


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quarta-feira, agosto 24

Do caos à obra ao caos

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Conta a teologia que, do caos, criou Deus o céu e a terra. Mas Ele parece não ter gostando nada do vazio que ficou sua criação. Moveu céus e terras, separou águas e continentes. De Pangéia a Gonduana, redesenhou a terra. Ainda não estava bom!

Encheu Ele de vida todo o planeta água, e, por fim, colocou lá o bicho homem. Um pobre mortal, no meio da obra prima, (isto não vai dar certo!). Sobre as poucas porções de terra firme, um paraíso até então, colocou Deus as míseras criaturas humanas, que, maravilhados com as delícias do paraíso, tem agido meramente como hóspedes mal educados, explorando e deixando a sujeira para trás.

Agindo assim, já levaram o Criador a introduzir muitas mudanças em Seus planos para o velho mundo, ex-paraíso. Já foi preciso inundar tudo uma vez e até botar fogo em algumas cidades; já confundiu a língua dos povos, já os cobriu de pragas e bênçãos, mas a verdade é que isto aqui nunca mais teve cara de paraíso.

Vendo tudo por outro ângulo, se o próprio autor, engenheiro e construtor da obra, não ficou satisfeito com o resultado, por que o homem-hóspede deveria estar? Sua vida é uma (mera) experiência, árdua. Sobretudo, um desafio mortal que lhe prega peças a cada dia. Um verdadeiro reality show. É preciso adaptar-se a cada volta que a Obra dá.

Diariamente, na ilusão de dias melhores, todos fazemos alguma mudança no mundinho que nos cerca, ajustando aqui e ali, adaptando o que é possível. Plantamos uma árvore, onde antes havia centenas delas; trocamos a companheira que Ele nos deu – talvez a costela fosse “defeituosa”; mudamos de emprego pra ver se o salário também muda. Mudamos de endereço ou, se isso não for possível, simplesmente mudamos os móveis de lugar. Mudamos de comportamento ou, o que é mais prático, mudamos de relacionamentos; é mais fácil procurar pessoas que se ajustem à nossa maneira de viver do que mudar essa cabeça dura. Com isso a vida vai passando e sentimos a falsa sensação do dever cumprido, a aparente sensação de ter feito a nossa parte. É a ilusão do novo, a esperança de tempos melhores. Mas nada, nunca está bom. Aí tentamos de novo para ver se melhora.

Buscamos soluções na lua, em Marte, no espaço infinito, enquanto há ainda tanta coisa por descobrir e por fazer ao nosso lado. Nesta eterna busca da satisfação pessoal criamos maquinas para tudo: máquinas de fazer fumaça; fumaça que mata homens, plantas e animais. Aí criamos outras maquinas para eliminar a fumaça. Com a criação de gado e as grandes plantações de soja, milho e cana-de-açúcar acabamos com as florestas; as grandes cidades transformam os rios em canais de esgotos, que juntamente com os lixões, produzem gases que contaminam a terra. Estragamos a água, outrora cristalina, transformamos florestas em desertos. Depois de toda essa “fumaça”, agora queremos vender a fumaça que não fizemos ou comprar o direito de fazer a fumaça que queremos. É a desconstrução da Obra. Dá para entender?

O homem ainda não encontrou um jeito de viver sem deixar suas pegadas nocivas. Caminha de volta ao Caos num processo aparentemente sem volta. Só mesmo uma nova intervenção do Criador!
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Licença Creative Commons
A obra Do caos à obra ao caos de Tony foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em vozativa2.blogspot.com.




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quarta-feira, agosto 17

Tempo de poesia

 









Eterna poesia

by Tony


Houve um tempo
Em que internet não havia;
Houve um tempo
Em que televisão não se assistia;
Houve um tempo
Em que ao shopping não se ia;
Houve um tempo
Em que rádio não se ouvia;
Houve um tempo
Em que nem mesmo se escrevia;
Mas, através dos tempos,
Sempre houve poesia!





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É tempo de leitura, tempo de poesia!
Livros a mão cheia!
De 01 a 11 de setembro estará no Riocentro, Rio de Janeiro a Bienal do Livro 2011
No evento estará sendo lançada a coletanea de poesias do Concurso Literário Valdeck Almeida. Tony é um dos autores publicados.

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Cumplicidade

by Tony

Temos
De quatro paredes
A discrição,
Do tempo a imposição,
Um do outro a cumplicidade.

Guardo
Dos bons momentos
As delícias,
De tuas mãos as carícias,
Do que vivemos a saudade!

Quero
Ao amanhecer
Em teus braços acordar
Aqui, em qualquer lugar,
E de teus beijos saciar a vontade!

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sábado, agosto 13

Chegando ao céu

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Quando um dia, que espero esteja bem distante, eu chegar às portas do céu (pura pretensão!), creio que terei problemas logo na entrada. Se for exigida a identificação e aquele cadastro interminável para a entrada de novatos, não vai dar certo.
Primeiro, por que já não tenho plena segurança de quem sou. E, se me perguntarem de onde venho, aí a coisa complica! Então, eu é que farei um monte de perguntas ao Recepcionista de plantão, para que posteriormente possa tentar responder a questões tão perturbadoras como estas para um reles mortal.
Quem sou eu?
Sou fruto ou semente, sou único ou apenas mais um? Sou o pó ou a obra? Sou a carne que me carrega ou o espírito que ela conduz?
De onde venho?
Depois de toda aquela existência terrena, deveria eu dizer que o lugar de onde venho é por ventura a desconhecida cidadezinha onde nasci? Não seria, por direito, o fatídico lugar onde acabei os meus dias? Ou, quem sabe, mais acertadamente, o lugar onde meu coração escolheu ficar? Venho de onde a vida tudo me deu, ou venho da terra que me negou teto e um amor não me concedeu?
Sou filho da terra que aceitou meu suor por um naco de pão, ou daquela que me deu por leito um pedaço de chão?

Findo o meu inquérito, com mais duas ou três perguntas pessoais, diria que venho do mais íntimo de mim, e que, na busca pelo paraíso de leite e mel, ali me encontro porque me disseram que “ali é o céu”. Portando, ao me perguntarem o porquê de estar ali, confirmaria que apenas por um precoce engano teria sido levado até aquele lugar. Mas, que tendo acesso à lista de convidados, talvez me atraísse ficar. Pois, a considerar pela vida terrena que conheci tão pouco, saber quem vai te acompanhar pelo resto da “vida” conta muito no final das contas. Por outro lado, caso não me apeteça permanecer, agradeceria imensamente que me informassem o caminho de volta.

Alguém conhece a saída?






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terça-feira, agosto 9

INTERNETÊS

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e outras linguagens

Tudo que é novo desperta uma certa resistência inicial. Às vezes até certa aversão. É o instinto de autodefesa. Mas, após um tempo de conflito e detida análise, acabamos por perceber que tudo não passava de puro preconceito, e, baixamos a guarda.
Veja por exemplo o caso da linguagem abreviada que é usada na internet e celular, principalmente por parte dos jovens, o tal do Internetês. Nos chats, fóruns, e-mails, SMS, etc., ninguém escreve mais Português. Embora já se tenha debatido bastante o assunto, muitos pais e professores ainda se descabelam com esta prática. Isto porque o código está indo parar nas redações escolares. Talvez até de forma involuntária.

O vocabulário é vasto. A mensagem abaixo é um pequeno recorte da linguagem que se pratica nos chats:

- Vc naum recebeu mha msg?
- ñ resp pq.?
- naum tow intndndu nd.
- Tbm naum. Xau Bjo

Tudo bem que isso não é a língua padrão, mas, quem ainda se assusta com esse tipo de redação está esquecendo que a língua padrão é apenas uma das variantes da língua Portuguesa, embora seja a variante privilegiada. Mas a língua Portuguesa está viva!
Existe por aí uma infinidade de códigos que usamos e que passam despercebidas, sem o mesmo alarde. Lembra do famoso (saudoso) telegrama? O telegrama é uma mensagem codificada que foi muito usada pelos Correios e ainda tem suas aplicações. Por uma questão de economia de espaço e dinheiro, pois se pagava por palavra, não havia saudações nem fecho, e não se escrevia preposições ou conjunções. O texto tinha que ser todo em maiúsculas e não se usava acentuação nem sinais de pontuação. Portanto, palavras como ATÉ, LÃ, eram escritas ATEH, LAN. Nomes de pessoas e lugares e formas de tratamento costumavam ser aglutinados para formar uma só palavra: VOSSENHORIA (Vossa Senhoria) AVCHILE (Av. Chile), SANDRALIMA (Sandra Lima). O texto poderia ser mais ou menos assim:

CONVIDAMOS VOSSENHORIA COMPARECER AVCHILE 824 VG ATEH 120911 PT FALAR SANDRALIMA PT SDS PT
(Convidamos vossa senhoria a comparecer à Avenida Chile, № 824, até dia 12 de setembro de 2011. Falar com Sandra Lima. Saudações.)

Outro exemplo destes códigos exóticos é o usado em órgãos públicos, principalmente no meio militar, as chamadas Mensagens Rádio. Poderiamos ter uma mensagem assim:

SOL VEX POSSIBILIDADE ENC REL MIL PROMOVIDOS VIA MSG RD AA ESTA OM URGENTE PT
(Solicitamos a vossa excelência a possibilidade de enviar a relação dos militares promovidos via Mensagens Rádio a esta Organização militar com urgência.)

Estes são apenas dois dentre muitos exemplos, onde a motivação era uma questão de economia de espaço e dinheiro. No caso do Iternetês a questão é de tempo, velocidade da informação. Pois, trata-se de conversa em tempo real. Portanto, sem fazer apologia, a linguagem dos chats é apenas mais um código o qual temos que dominar, contextualizar e ter ciência das suas limitações, como qualquer outro código. Mas nada que se deva taxar de “errado” ou “abominável”.


Abrç!






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quinta-feira, agosto 4

Visitas durante a leitura

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É chato quando você está fisgado numa leitura gostosa e alguém ou alguma coisa te interrompe, atrapalha a viagem! Mas, desta vez, foi algo inusitado.
Como tenho feito nos domingos de sol ultimamente, desde que não seja um feriadão tumultuado, vou caminhar pela praia e paro em algum lugar agradável para ler um bom livro ou o jornal.
Naquela ocasião, após uma boa caminhada sob o sol ameno de junho, sentei-me nas pedras da encosta da Boa Viagem, em Niterói. Nos primeiros minutos, fiquei a apreciar a brisa e as arengas matutinas do rochedo com o mar. Vendo que aquele embate não tinha hora para acabar, engatei na leitura. Lia Descartes naquele dia, mais precisamente os textos em que o filósofo busca provar a existência de Deus. Não havia paisagem melhor para servir de pano de fundo e contextualizar a leitura.
O texto fluía, quando, depois de umas duas dezenas de páginas, um movimento diferente na água turva da Baia de Guanabara me chamou a atenção. Não era uma onda quebrando, nem a espuma branca que ela deixa debruando as pedras e deixando-as rendadas de espuma. De inicio não levantei a vista, pensei que fosse um pneu velho ou outro lixo qualquer. Mas fiquei ligado. Tentei prosseguir na leitura. No entanto, logo em seguida o movimento se repetiu. Marquei a página com um marcador muito especial, que havia ganhado de uma amiga, quando estivemos no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, e fiquei a vigiar o que por ventura fosse.
Não demorou muito e a coisa se repetiu. Desta vez eu vi. Era uma tartaruga marinha enorme que resolveu passear por ali e me brindar com sua visita. Devia ter pelo menos uns setenta centímetros de casco, marrom, esverdeado. E, pela movimentação, constatei que eram pelo menos duas delas. Há alguns anos a gente via até golfinhos bailando sobre as águas da baía, mas estas aparições tem se tornado muito raras com a poluição. Contudo, é muito bom perceber que nem tudo está perdido. Ainda há muita vida sob estas águas.
A natureza é mesmo muito pródiga. Até esqueci-me da leitura... Será mesmo necessário tanto Método para provar que Deus existe!
Abraços.







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