segunda-feira, janeiro 25

Arte de rua 2

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Triangulo Dorado, Argentina


1010 in Portugal + Germany



Vhils in Moscow

Jetsonorama + Yote, Tuscon


Sinhá, Sao Paolo + Natal



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Desejo a todos uma semana produtiva
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domingo, janeiro 17

A poesia e a música

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Quem frequenta o Voz regularmente sabe que gosto de poesia e que de vez em quando comento algum autor ou até mesmo arrisco divulgar algum dos meus poemas. Viajava eu por esse meio intangível da poesia, em busca de poetas clássicos, preferencialmente portugueses, espanhóis ou italianos, quando a beleza e a profundidade dos versos de Florbela Espanca me detiveram, ou seja, puseram um fim à minha busca. Florbela não é exatamente um clássico, mas para nós brasileiros tornou-se bem conhecida a partir da década de 80.
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Florbela era portuguesa, nascida em oito de dezembro de 1894, filha de pai não declarado. Seu nome de batismo, Flor Bela Lobo, o sobrenome Espanca viria mais tarde por conta de seu padrasto. Escrevia poemas desde os sete anos. Seus sonetos os assinava “Bela”. Todos sempre profundos, autocríticos e às vezes autobiográficos, como estes:

VAIDADE
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...

Este aqui é um pouco profético:

DIZERES ÍNTIMOS


É tão triste morrer na minha idade!
E vou ver os meus olhos, penitentes
Vestidinhos de roxo, como crentes
Do soturno convento da Saudade!

E logo vou olhar (com que ansiedade!...)
As minhas mãos esguias, languescentes,
Mãos de brancos dedos, uns bebés doentes
Que hão-de morrer em plena mocidade!

E ser-se novo é ter-se o Paraíso
É ter-se a estrada larga, ao sol, florida,
Aonde tudo é luz e graça e riso!

E os meus vinte e três anos...(Sou tão nova!)
Dizem baixinho a rir "Que linda a vida!..."
Responde a minha Dor: "Que linda a cova!"

Sua vida foi repleta de relações tempestuosas; Florbela sofria de problemas mentais. Após casamentos conturbados, separações e abortos involuntários apresenta sinais sérios de neurose e, aos 36 anos, no dia de seu aniversário (oito de dezembro de 1930), suicida-se.

De volta a minha busca por poesia, enquanto deleitava-me com alguns de seus poemas, um deles em particular chamou-me a atenção. Eu nunca tinha lido muito sobre a poetisa portuguesa; sabia de sua existência, de sua bela poesia e coisa e tal, mas não conhecia a fundo sua produção literária. Porém, aqueles versos em particular me pareciam familiares (Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida / Meus olhos andam cegos de te ver!). Era uma poesia marcadamente apaixonada.

Você já deve ter ouvido estes versos, senão, veja-os:

FANATISMO

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!"


Captou?

Pois é, intrigado com a familiaridade com as palavras do soneto, enveredei por uma pesquisa online que logo me trouxe a resposta. Será que descobri a pólvora? Acho que muita gente já sabia disso! A verdade é que a gente houve as músicas, mas, na maioria das vezes não se liga muito na letra, quer dizer, não se preocupa em saber quem escreveu a letra. Apenas lembra do cantor. Não é isso?

Está explicado. Estes versos eu os curti muito na voz de Fagner, meu conterrâneo. A música, que fez o maior sucesso, foi lançada pelo cantor cearense em 1981, no álbum “Traduzir-se”. A magnífica letra são os versos do soneto Fanatismo, de Florbela Espanca, escritos em 1923 e divulgados em seu “Livro de Sóror e Saudade”, e que tornaram a escritora portuguesa bastante conhecida no Brasil a partir daí.

É a poesia viva atravessando o tempo e as diferentes mídias para prestar-se a novas leituras.
Uma ótima semana a todos!

Confira: Florbela na voz de Fagner
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Crédito fotos: Florbela.
Crédito fotos:Fagner.



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sábado, janeiro 16

Samba de um minuto

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domingo, janeiro 10

Lagoinha - Ce

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Janeiro, mes de férias escolares, de viajar, conhecer novos lugares, revisitar outros.

A minha dica de hoje é a praia de Lagoinha, localizada no município de Paraipaba, a 124 Kms. de Fortaleza, é um dos cartões postais do Ceará.

Lagoinha é distrito de Paraipaba, é uma das praias mais bonitas do litoral cearense, com dunas, coqueiros, lagoas e falésias. Possui 15 Km de extensão, a faixa mais procurada fica entre dois morros que formam uma meia lua, onde há bares e restaurantes. A praia tem uma paisagem de cinema, com suas jangadas, e um povo tranqüilo e feliz.

Se você está a passeio em Fortaleza, não deixe de conhecer, o lugar é lindo.

Outras dicas de bons lugares para visitar:

Museu da cachaça – Campo de aventuras Y-park

Praia do Batoque - Ce

Guaramiranga







Lagoinha – Ceará
Foto Christian Knepper – Embratur


Desejo a todos uma excelente semana.
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quarta-feira, janeiro 6

Por quê?

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Saindo do apagão mental que acomete a todo pobre mortal durante as festas de fim de ano e do torpor desse período, é hora de fazermos reflexões, balanços e rescaldos. Natal, Réveillon, Ano Novo afinal! Sobrevivemos às intempéries e estamos aqui do outro lado do marcador 2009/2010. Graças ao bom Deus!

Passado o êxtase, e, diante de tantas catástrofes ecológicas acontecendo por aí, e por aqui, é muito natural que, ao testemunharmos, bem de perto, desgraças como aquelas da noite de Ano Novo em Angra, Rio de Janeiro, nós, frágeis criaturas de Deus, nos permitamos contestar máximas dogmáticas como: “Deus é bom; Deus sabe o que faz”. - Então me perdoa Senhor...

Onisciente Pai, tu sabias das previsões do tempo melhor do que qualquer meteorologista; tu sabias da instabilidade das serras como o mais sábio geólogo: porque permitiste Senhor que tanta gente estivesse naqueles lugares naquele fatídico dia?

Onipresente Deus, tu certamente estavas em todos aqueles lugares: porque assististe a tudo sem nada fazer Senhor, porque não os advertiste, por que não lhes deste outra chance?

Onipotente Criador, uma palavra tua, um sopro, um estalar de dedos e tudo mudaria! Por que, então, não detiveste as chuva Senhor, por que não sustentaste a montanha ou mesmo por que não os retirou daquelas áreas de risco? Que sabedoria poderá haver em tua opção por nada fazer, Deus? - Essa pergunta me corrói Senhor!

Que planos terias Tu para levar, tão precocemente, tantas crianças e adolescentes que apenas curtiam as férias ali em Angra e ilha Grande? Que planos teria o Criador para os sobreviventes que choram seus mortos? O que se poderia dizer para eles numa situação dessas? “Deus sabe o que faz”, “Deus põe, Deus dispõe”? Que palavra poderia consolar alguém que acaba de perder duas filhas adolescentes, ou que acaba de perder pai, a mãe, o marido, o filho, sua moradia? Como é limitado o meu conhecimento, Senhor!

Que sabedoria há em dar seu próprio filho em sacrifício? Que sabedoria há em ter o poder e não lançar mão dele para salvar vidas? Acaso seria loucura a sabedoria divina? Ou seria loucura minha angústia?

Creio que jamais saberemos o Plano maior de Deus para nossas vidas e tentar entender Seus planos pode nos levar à insanidade. Minha filha, muito provavelmente, estaria numa daquelas pousadas de Ilha Grande no último Réveillon. Ela sempre ia para lá com os amigos. Qual é o Teu plano Senhor, que a nossa limitada visão não alcança?

Creiam-me, o mesmo Deus que eu ora questiono e recrimino por todas aquelas vidas ceifadas é o mesmo Deus, que, conduziu minha filha em segurança, em voo direto sobre mares e continentes, enfrentando o gelo e a nevasca rumo a Londres, para passar um Réveillon tranqüilo, bem longe das tragédias de Angra, de Ilha Grande e de qualquer outra que tivemos notícia recentemente.

Perdoa Pai!

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segunda-feira, janeiro 4

Inaugurado o prédio mais alto do mundo

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Foi inaugurado em Dubai o arranha-céu mais alto do mundo, o Burj Dubai, com 828 metros de altura, em cerimônia com direito a um espetáculo de luz, música e fogos de artifício. O primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos (EAU), xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, foi o encarregado de inaugurar o edifício, rebatizado de Burj Khalifa, em homenagem ao presidente árabe, xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan.

A altura exata do edifício, que desbanca a até agora mais alta torre do mundo, a Taipei 101, em Taiwan, com 509 metros, era o segredo mais bem guardado nos EAU.

Em formato de agulha e com 192 andares, o arranha-céu custou US$ 1,5 bilhão e demorou cinco anos para ficar pronto.

Cerca de seis mil convidados compareceram ao evento de abertura do Burj Khalifa, iniciado às 20h locais (14h de Brasília), enquanto quase mil seguranças vigiavam o local.

Segundo a companhia imobiliária local Emaar, a responsável por tocar o projeto, o edifício tem 1.044 apartamentos de luxo, 49 andares dedicados a salas comerciais e escritórios e 160 quartos de hotel.

Além de ser o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa bateu outros recordes: um de seus 57 elevadores é considerado o mais rápido do mundo e cobre, além disso, a distância mais longa percorrida por um elevador, porque chega ao último andar do prédio.

Além disso, há no 124º andar um mirante tido como o mais alto do mundo, do qual é possível ver Dubai por completo. O prédio também tem a piscina mais alta do mundo em seu 67º andar, além da mesquita mais alta, que fica no 158º piso.

A torre também dispõe de oito escadas rolantes e de um estacionamento subterrâneo com capacidade para três mil veículos.

Conta também com um ginásio de quatro andares, o primeiro hotel da grife italiana Giorgio Armani e onze hectares de parque ao seu redor com seis fontes.

Participaram de sua construção mais de 12 mil operários, 7.500 engenheiros e várias empresas estrangeiras, lideradas pela sul-coreana Samsung Corporation.

Antes da inauguração, um dos diretores da Emaar, Mohammed al Abbar, disse aos jornalistas que 90% da Burj Khalifa "já está vendido", o que deve beneficiar o mercado imobiliário do emirado, que atravessa uma crise financeira.
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