segunda-feira, agosto 16

Adultério?

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Foto: Redebrasildenotícias


Adultério é assunto para ser tratado em família, em sigilo, por aqueles diretamente envolvidos, de preferência de forma pacífica e civilizada. Tudo bem que é preciso respeitar as diferenças culturais, mas como é possível falar de paz mundial, de interesses comuns, de fórum mundial disso e daquilo se ainda não conseguimos consenso mundial nas relações mais básicas de uma sociedade, como as relações familiares, por exemplo!?


Estou me referindo ao caso da viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, 44 anos, do Irã, que teve repercussão internacional. Punir um suposto adultério com pena de morte por apedrejamento em praça pública, isso é o fim do mundo! Ou melhor, isso é regredir ao começo de tudo. É ignorar a trajetória difícil que foi a luta pelos direitos humanos e pela emancipação da mulher. Não quero com isso defender a legalidade do adultério, quer seja para homens ou mulheres, mas que o tratamento do caso não é por aí. Adultério é caso de família, que a família resolva. Ao Estado, na minha leiga opinião, caberia apenas interferir quanto aos direitos e deveres decorrentes da separação.


Sakineh foi Julgada em 15 de maio de 2006 por uma Corte local, foi considerada culpada de adultério e sentenciada a 99 chibatadas. Em 2006, o caso voltou a ser apreciado por outro tribunal, O júri condenou-a ao apedrejamento, pelo mesmo crime de adultério que, segundo o Judiciário, teria sido cometido quando ela ainda era casada. A Suprema Corte do Irã confirmou a sentença em 27 de maio de 2007.


Como podemos conviver harmoniosamente com "civilizações" que ainda extirpam o sexo das mulheres - como em comunidades islâmicas do norte da África, que não permitem que viúvas continuem tendo sua vida amorosa e sexual - como neste caso, que não permitem que as mulheres mostrem o rosto - como nas comunidades islâmicas? Como é possível, em pleno terceiro milênio ainda convivermos com comportamentos extremistas deste tipo? É possível tratarmos de cooperação política ou econômica e ignorarmos esses detalhes desumanos? É possível falar de direitos humanos, de não-violência ou de preconceitos diante de situações como esta? Em que mundo eles vivem?



Comentários (7)

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Libertar Sakineh , apoie a causa assinando a petição http://www.liberdadeparasakineh.com.br/ http://freesakineh.org/
Tony,
Realmente é um absurdo a maneira como o adultério é tratado nos países islâmicos . Como vc bem falou, esse aspecto cultural deles fere os direitos humanos .

Traição nas relações conjugais é da alçada privada e o Estado só deve interferir caso a parte que se considera prejudicada queira reivindicar algum direito decorrente do descumprimento do dever conjugal de fidelidade .

Adultério já foi considerado crime aqui no BR , mas em 2005 o artigo 240 do CP , que previa o crime de adultério, foi revogado . Veja este artigo sobre esse assunto : http://buenoecostanze.adv.br/index.php?option=com...

Abç
1 resposta · ativo menos de 1 minuto atrás
Oi Tânia,

Bom te ver por aqui.
Obrigado por enriquecer o nosso texto. Exclarecedor o artigo: mesmo quando adultério era considerado crime no Brasil, a pena era branda. Já pensou se todos tivessem sido punidos com pena de morte!

Abraço
Bem carissimo Tony, por lá é lei e é questão de cultura deles, muitas mulheres gostam e usam o hijab e a burca mesmo quando nao sao obrigadas a usar, ha inumeros canais de maquiagem no youtube de islamicas que nao moram em seus paises e usam assim mesmo.

É muito facil pra nós do lado de cá julgar as coisas do lado de lá.
1 resposta · ativo menos de 1 minuto atrás
Oi Iara,

Obrigado por sua participação.
Nossa intenção aqui não foi a de julgar o caso, mas apenas mostrar indignação com o tratamento dado a ele. Também que ha muito de demagogia e manipulação política quando entram em questão a culrura e a religião dos povos. Não se consegue interferir.

Valeu
Não sou a favor do que acontece lá.
Também não concordo com a atual situação aqui!
Falta bom senso lá.
Falta moral e ética aqui!
1 resposta · ativo menos de 1 minuto atrás
Adão,

Realmente cada povo tem seus costumes, e a noção de certo ou errado é muito relativa; depende de quem observa.
Para nós, o caso é um absurdo, assim como para eles, muita coisa aqui está errada. Concordo com vc.

Abraço

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