Excelente sonetista, Florbela Espanca teve uma vida breve. Morreu aos 36 anos. Felizmente foi o bastante para nos deixar uma extensa obra poética, rica em lirismo e erotismo. A iconografia da poetisa portuguesa é também muito rica, o que não era muito comum no inicio do século XX. Isto se deve ao fato de que seu pai foi fotógrafo e a usava como modelo para seus ensaios fotográficos.
Entre tantas referencias boas Florbela nos deixou "Saudades".
Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca (Livro de Soror Saudade - 1923)
Entre tantas referencias boas Florbela nos deixou "Saudades".
Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca (Livro de Soror Saudade - 1923)
Boa semana! (com poesia)