Chifres em cabeça de...
apenas para testar novo sistema de comentários
Um ano de aprendizado
Através da critica, sempre construtiva, proporcionada pelos comentários dos visitantes a gente vai procurando melhorar, tendo em mente, no entanto, que desde Aristóteles o homem não produz qualquer conhecimento sem que este se relacione com alguma coisa elaborada anteriormente. Em suma, ninguém cria do nada, a intertextualidade é inevitável, mesmo por que é ela que dá credibilidade a nova criações.
Passado esse período de aprendizado, com este meus posts já somam 64; o que dá uma média de mais de cinco posts por mês. Não é muito, mas espero que como colaborador eu esteja aprovado (rs).
Dentre os temas abordados, escrevi sobre livros, turismo, poesias e contos. Numa rápida retrospectiva, deixando de lado a modéstia, eu recomendaria a releitura dos seguintes posts: Coração é terra que ninguém vê, A Cristaleira da vozinha e Infidelidade: uma questão tecnológica?
Contrário ao que diz Florbela (versos abaixo) não sonho ser um escritor perfeito mas apenas dar voz aos meus pensamentos entermeados com os pensamentos de outros.
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Grato a todos pelas visitas e pelos comentários generosos.
Carpe diem
From Wikipedia: Waterhouse 1909
Intertextualidade milenar
A expressão pode ser encontrada em "Odes" (I,, 11.8, em latim) do poeta:
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.
To the Virgins, to Make Much of Time
Gather ye rosebuds while ye may,
Old Time is still a-flying:
And this same flower that smiles to-day
To-morrow will be dying.
The glorious lamp of heaven, the sun,
The higher he's a-getting,
The sooner will his race be run,
And nearer he's to setting.
That age is best which is the first,
When youth and blood are warmer;
But being spent, the worse, and worst
Times still succeed the former.
Then be not coy, but use your time,
And while ye may, go marry:
For having lost but once your prime,
You may for ever tarry.
A primeira estrofe, no inglês arcaico, diz mais ou menos o seguinte:
As virgens, para que aproveitem o tempo
Colham seus botões de rosas enquanto podem
Os bons tempos ainda estão aí
E esta mesma rosa que hoje sorri
Amanhã estará morrendo
Na segunda metade do sec. XVII o poeta brasileiro, do período Barroco, Gregório de Matos, retoma o carpe diem de forma mais enfática, desta vez em seu famosíssimo poema A Maria dos Povos, sua futura esposa:
Discreta e Formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada aurora’
Em teus olhos e boca, o sol e o dia:
Enquanto com gentil descortesia,
O ar que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica rança brilhadora,
Quando vem passear-te pela fria:
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trata a toda a ligeireza,
E imprime em toda flor sua pisada.
Ó não aguardes, que a madura idade,
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra em nada.
Marília de Dirceu
(...)
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde já vêm frias,
e pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! não, minha Marília,
aprovei-te o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças,
e ao semblante a graça!
(...)
Carpe diem
Veja o vídeo abaixo.
Carpe diem, boa semana pra todos.
Leitura de bordo
Em minha ultima viagem, pela empresa Trip, tive o prazer de conhecer a revista de bordo deles que foi criada em 2008 mas já da banho nas outras mais antigas na praça. Enquanto esperava o serviço de bordo (e não era barrinha de cereal), folheava a revista. Como é comum nas publicações do gênero, e como já disse, ela também traz aquelas dicas de lugares interessantes.
Durante a leitura chamou muito minha atenção a foto do topo (El Rincón de Lucia), que você ve acima (disponivel no site da revista). Onde ficaria tal lugar, de aparencia tão familiar, cores tão brasileiras e tratado com tanto mimo?
Batizado em quatro idiomas com um nome bem caseiro: Lucia's corner, El Rincón de Lucia, Il Cantuccio di Lucia ou para nós brasucas, O canto da Lucia. A julgar pela foto, inicialmente fiquei confuso, teria algo a ver com o blog da nossa amiga Lucia, a Lu do Voz? Não.
Mas lendo a matéria vi que se tratava de um lugarzinho bem conhecido
Quando a folia acaba...
A imprensa e os meios de comunicação em geral, creio que não só no Brasil, mas no mundo inteiro, costumam ser muito sazonais. Quer dizer, durante as olimpíadas, só falam em olimpíadas; durante a Copa, só da copa; no final do ano, o assunto é só Natal e Reveillon, não é isso mesmo?
Durante o Carnaval, portanto, não poderia ser diferente. Só se fala em Carnaval. É como se fosse um período de trégua: a paz reina nos morros, a Bolsa fecha em alta, ninguém morre, ninguém nasce... É o Paraíso na terra. Só festa. Escolas de samba, blocos pra lá, blocos prá cá, fantasias e as alegorias todas! Até eu to aqui, falando de quê? Carnaval!
Na verdade, com isso quero falar um pouco do pós-carnaval. Quando a folia acaba – cessa a trégua. É uma visão meio dantesca, mas, é como se abrissem as portas do inferno. Todos os monstros da sociedade botam seus blocos na rua. É só aí, depois dos cinco (ou mais) dias de folia e brincadeiras que nós vamos descobrir que os índices de violência durante o “feriadão” foram alarmantes, que os temporais deixaram milhares de desabrigados, que os hospitais de emergência viveram o maior caos pela falta de material e pessoal para o atendimento, que o preço dos combustíveis aumentou, que as mensalidades escolares dispararam, que a lista de material cresceu, que por causa da Reforma Ortográfica terei que comprar mais livros e, ah chega!
Enfim, é só depois de tirar a máscara de felicidade que a gente vai ver o drama da realidade. A gente percebe que o governo aproveitou a distração dos foliões para aplicar medidas nada populares; aprovar leis, decretos, aumentos e cortes de orçamento. Nossa mesa a esta altura estará coberta de contas para pagar: IPVA, IPTU, Seguro, matrícula, material escolar, etc. O cartão, estourado! É uma mesa fantasiada de “deixa-que-eu-pago”. Todo começo de ano é assim.
Sinceramente, espero que vocês deixem para ler este texto quando voltarem da folia, não é nada estimulante lê-lo antes. Mas é a realidade. Adiantaria eu lhe dizer para ser moderado? Não teria graça. O bom da vida é sonhar! Só que este negócio de que sonhar não custa nada é só poesia. Não é bem assim.
Porém quem quer se divertir não está nem aí pra realidade; “o amanhã eu resolvo amanhã”. Não é assim que a grande maioria pensa? Pois é, toca o trio elétrico que eu já estou em cima.
Cuide-se! Depois do Carnaval você me conta.
O negocio é beijar na boca!
Mas é carnaval ...
Sempre ouvi dizer que o ano só começa realmente depois do carnaval.
Essa semana estava matutando como chegou rápido esse ano, parece que as festas de fim de ano aconteceram semana passada, daqui a pouco chega a Semana Santa, e continuo atrapalhada, sem dar conta da minha lista de pendencias.
A cada ano a impressão que tenho é que estou ficando lerda, não que algum dia tenha sido muito rápida, mas não consigo dar conta do que gostaria de fazer. Fico me perguntando se isso acontece porque pego mais tarefas que poderia executar, se falta método , organização.
Não sei o que acontece, mas a certeza que tenho é que faço um monte de coisas ao mesmo tempo, mas nehuma delas executo com a perfeição que gostaria. Sou muito exigente ou a vida atual que levamos num ritmo acelerado não nos deixa alternativa? Temos que ser polivalentes.
O que o carnaval tem a ver com esse papo? Pois é, abri mão de viajar no carnaval para tentar por ordem no caos que está ao meu redor, minha vida tá uma bagunça, literalmente, no real e no virtual, o Voz só não está largado total , por causa do Tony que tem dado uma força.
Espero que os que passam por aqui estejam em situação melhor que a minha e que aproveitem bem o carnaval, opções não faltam.
Os melhores lugares para se passar o carnaval para quem gosta de folia é o litoral, e nesse item estamos bem servidos, sem contar os lugares tradicionais como Olinda, Recife que na minha modesta opinião tem o melhor carnaval do país, sair na quarta-feira de cinzas atrás do Bacalhau do batata não tem preço, Rio de Janeiro, Salvador, tem pequenas cidades litoraneas que tem festas fantásticas.
Se você não gosta da festa tradicional, aqui mesmo no Ceará acontece o festival de jazz de Guaramiranga, que já está na sua 11ª edição, o Festival acontece de 13 a 16 de fevereiro, para mais detalhes do festival veja aqui. Para saber mais sobre Guaramiranga.
Se você vai para a praia, campo, serra ou simplesmente vai ficar em casa aproveite da melhor forma possível, porque depois do carnaval você vai sentir que o ano realmente começou.
Bom carnaval.
Ainda de Férias...
A Região é muito abençoada em termos de praias. No entanto, na hora de optar pelo destino da viagem, as pessoas parecem esquecer como o nordeste brasileiro é grande e acabam sempre seguindo o mesmo roteiro: Fortaleza, Natal, Recife, Fernando de Noronha e Salvador, esquecendo-se dos irmãos menores da região. João Pessoa, Maceió e Aracaju também tem seus valores. Aracaju, a capital do menor Estado nordestino, Sergipe, nem por isso é um patinho feio da região. Pelo contrário, a cidade tem muito a oferecer aos visitantes.