Às vezes, ficamos divagando, nos questionando acerca de coisas da existência e acabamos por encontrar respostas em nossos próprios questionamentos. Às vezes ficamos nos lamentando quanto à exigüidade do tempo; nunca temos tempo para nada, ou o tempo nunca é o bastante para o que pretendemos fazer.
Numa dessas divagações me veio a resposta, em forma de outra pergunta: “e se a vida fosse eterna? Será que existiria o sonho do amor eterno?” Possivelmente não. Será que aquele minutinho a mais apreciando uma bela paisagem teria algum valor numa vida supostamente eterna? E o orgasmo, de alguns poucos segundos, teria o mesmo valor, para um amor literalmente eterno? Acho melhor pensar que tudo vai acabar um dia, assim valorizo cada segundo.
Numa dessas divagações me veio a resposta, em forma de outra pergunta: “e se a vida fosse eterna? Será que existiria o sonho do amor eterno?” Possivelmente não. Será que aquele minutinho a mais apreciando uma bela paisagem teria algum valor numa vida supostamente eterna? E o orgasmo, de alguns poucos segundos, teria o mesmo valor, para um amor literalmente eterno? Acho melhor pensar que tudo vai acabar um dia, assim valorizo cada segundo.
Acho que se perderia todo o lirismo de “um minuto interminável” ou de “aproveitar a vida”, por exemplo. Estes meus versos tentam enveredar por estas divagações.
Se a vida fosse eterna
Se a vida fosse eterna
Eu não teria receio de partir
Não ficaria ansioso para retornar
Não contaria as horas pra te ver.
Que importância teria um minutinho a mais com você?
Se a vida fosse eterna
Eu não te daria mil beijos na despedida
Não teria pressa de voltar para casa
Certamente não morreria de saudades.
Por que te mandaria beijos por carta?
Se a vida fosse eterna
Eu não veria graça em um beijo roubado
Que sua intemperança o faz precioso
Que a austeridade dos segundos salva vidas
Perceberia que a intolerância das horas aquece o amor?
Se a vida fosse eterna
Eu não contaria os verões ao teu lado
Não lamentaria os longos invernos
Também não festejaria tuas primaveras
Faria sentido morrer de amor no outono?
Se a vida fosse eterna
Eu não veria no tempo o tempero da vida
Não faria planos pela manhã
Nem sonharia contigo à noite
Por que me preocuparia com as marcas do tempo?
Se a vida fosse eterna
Eu não perceberia valores na exiguidade do tempo
Não me deteria na preciosidade dos minutos
Não perceberia a possibilidade do fim
Faria algum sentido recomeçar?
Se a vida fosse eterna
Eu não teria receio de partir
Não ficaria ansioso para retornar
Não contaria as horas pra te ver.
Que importância teria um minutinho a mais com você?
Se a vida fosse eterna
Eu não te daria mil beijos na despedida
Não teria pressa de voltar para casa
Certamente não morreria de saudades.
Por que te mandaria beijos por carta?
Se a vida fosse eterna
Eu não veria graça em um beijo roubado
Que sua intemperança o faz precioso
Que a austeridade dos segundos salva vidas
Perceberia que a intolerância das horas aquece o amor?
Se a vida fosse eterna
Eu não contaria os verões ao teu lado
Não lamentaria os longos invernos
Também não festejaria tuas primaveras
Faria sentido morrer de amor no outono?
Se a vida fosse eterna
Eu não veria no tempo o tempero da vida
Não faria planos pela manhã
Nem sonharia contigo à noite
Por que me preocuparia com as marcas do tempo?
Se a vida fosse eterna
Eu não perceberia valores na exiguidade do tempo
Não me deteria na preciosidade dos minutos
Não perceberia a possibilidade do fim
Faria algum sentido recomeçar?
Chronos, personificação do tempo na mitologia grega.
Justificativa
Ancião: o peso dos anos;
Alado: o tempo voa;
Ampulheta: vigília do tempo;
Foice: o tempo ceifa todos os mortais.
***
Aproveite o seu dia, viva cada minuto como se fosse o último. A vida não recompensa lamentos, a vida recompensa atitudes.
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