quarta-feira, maio 27

Nova ortografia:

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Algumas dicas

Blogueiros e internautas lêem e escrevem com muita freqüência, portanto, mais cedo ou mais tarde terão que se preocupar com a tal da Reforma, mas com tranqüilidade, sem enjôo. O período acima foi escrito apenas chamar a atenção para alguns aspectos do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (As palavras em itálico grafam-se agora, respectivamente: leem, frquência, tranquilidade, enjôo).
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Firmado entre Angola, Cabo Verde, Guine-Bissau, Moçambique, Portugal, SãoTomé e Príncipe, Timor Leste e Brasil, o bloco de falantes de Língua Portuguesa, o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor em janeiro de 2009.


O Português é a oitava língua mais falada no mundo e, desde 1986, é uma das línguas oficiais da União Européia (ex-CEE). É a língua oficial em oito países de quatro continentes, e é falada também em regiões como Macau, Goa, Damão e Diu e na Galizia.

Língua Portuguesa não é exatamente minha praia, mas vou comentar o Acordo naquilo que há de mais palpável, visto que é uma dificuldade de todos nós falantes (e “escreventes”) da língua, e na condição de leitor, leigo e observador.

De inicio não vejo nenhuma aplicação prática, ou urgente para o falante da língua; a pronúncia das palavras não muda. Só consigo visualizar esta ação como uma medida internacional com o propósito de promover a cooperação e o intercâmbio cultural, e o de uniformizar e difundir a língua portuguesa de forma globalizada. Aquela estória de facilitar o processo de Globalização, o que ocorre inicialmente com a formação de blocos de países que falam a mesma língua e defendem interesses comuns.

Dentre as mudanças, estas são de fácil assimilação:

1- Elementar: todos os países falantes da Língua Portuguesa, não só o Brasil, introduzirão modificações na sua escrita, com o fim de unificá-la;
2- O óbvio: como o próprio nome diz, o acordo é ortográfico, a pronúncia das palavras não muda;
3- O alfabeto: passa a ter 26 letras. As letras k, w e y, que na prática nunca deixaram de ser usadas, passam a incorporar oficialmente o alfabeto da Língua Portuguesa;
4- O trema ( ¨ ) foi definitivamente abolido. Apenas palavras de origem estrangeira, como Müller, por exemplo, conservarão o sinal;
5- Não se acentuam mais os ditongos oi, ei, da sílaba tônica de palavras paroxítonas. Ex.: idéia, assembléia, jibóia, grafam-se agora ideia, assembleia, jiboia, sem acento agudo;
6- Perdem o acento palavras paroxítonas que contem e tônico oral fechado, em hiato, com a terminação em. Ex.: crêem, vêem, dêem, prevêem, grafam-se creem, veem, deem, preveem, sem acento circunflexo;
7- Também perdem o acento circunflexo a vogal tônica fechada com grafia o em palavras paroxítonas. Ex.: enjoo, voo, povoo ficam sem o acento circunflexo.

Já existem programas que fazem a correção automática, e muitos sites na net proporcionam maiores esclarecimentos.

Existem, porém, alguns aspectos polêmicos, onde os próprios gramáticos não se entendem. No capítulo que trata de grafia de palavras compostas, a hifenização é um dos aspectos mais complicados, muitos vocábulos aparecem grafados de formas diferentes em dicionários atualizados. Por exemplo, o dicionário da Academia Brasileira de Letras grafa Dia a dia, Faz de conta, enquanto o novo Houaiss grafa, respectivamente, Dia-a-dia, Faz-de-conta, com hifem.

O prazo para a transição e incorporação plena da reforma ao sistema de ensino é até 2012. Vamos torcer para que estas arestas sejam aparadas até lá.