domingo, fevereiro 27

Rápida reflexão sobre a loucura

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O limite entre a sanidade mental e a loucura é uma linha muito frágil. Talvez nem seja exatamente uma linha cheia, mas apenas uma linha pontilhada ou, quem sabe, uma linha fantasma. Creio que estou ficando louco, ou serão os outros que estão todos loucos?

As portas da loucura estão sempre escancaradas e com o vento soprando em diração a elas. Não posso cruzar a linha: paro, olho, escuto... Não ouço nada! Prossigo.


O pior de ser classificado como louco é que a tal linha divisória não existe na sua cabeça, mas na dos outros, os ditos normais. São os outros que vão dizer se você é louco ou normal. Mas com que parâmetros o fazem se a própria razão desconhece as razões da loucura (e vice-versa)?
Acho que estou ficando louco! Mas como se nem sei de que lado estou. Será!

...


Carnaval é tempo de 'loucuras" e de transpor limites.



Boa semana a todos!
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terça-feira, fevereiro 22

Um dia de 25 horas: doce utopia!

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Todo fim de verão é a mesma coisa. Nas regiões onde se implantou o horário brasileiro de verão, as pessoas se amontoam em lugares públicos, cada um a sua maneira, buscando aproveitar aquela horinha a mais proporcionada pela transição do HBV. Uma hora a mais para divertir-se, comer, beber, namorar e papear. Não sei se ocorre o mesmo na regiões mais centrais do país, porém no litoral, cariocas e niteroienses principalmente, acorrem para a orla em busca de acomodações em bares, quiosques, nas calçadas ou mesmo na areia da praia para ali assentarem a sua tribo e curtirem a brisa de uma noite de verão até mais tarde.

Na verdade todos sabem que é puramente uma manobra de relógios, é utópico, mas aqui tudo vira uma festa. Só falta acabar em samba! O litoral fervilha de vida: jovens, crianças, idosos, animais e a natureza à disposição por “mais uma hora”. Os comerciantes não tem do que reclamar, nem eu.

No último dia do horário de verão (19/02), sábado, aproveitei minha horinha também que não sou de ferro. Caminhei pelo calçadão de Charitas - Niterói, tomando uma água de coco, mastigando pensamentos, digerindo problemas. Um conhecido aqui, outro ali, troco algumas palavras, e volto-me aos meus botões.

Meia noite volta a ser 23 horas. Prossigo com o passeio e encerro a noite desejando mais horas extras, para ver o vento varrer a areia, varrer as folhas, varrer as horas, varrer a vida. E isto me lembra Manuel Bandeira.

“Canção do vento e da minha vida

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E as amizades…
O vento varria as mulheres…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos…
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.

Manuel Bandeira. (Lira dos Cinquent’anos)

Cada um aproveita como pode.

Boa semana a todos!
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segunda-feira, fevereiro 21

A evolução da educação

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Recebi o texto por email , retrata o que se vê na prática no dia a dia, eu mesma já passei por situação parecida,  as pessoas precisam de uma calculadora para fazer contas simples...

A Evolução da Educação:
 
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...


Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.

Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00


5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  )SIM (  ) NÃO


6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00


7. Em 2011 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder).
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00
E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
“Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

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quarta-feira, fevereiro 16

A coisa!

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Acordei de súbito com a sensação de que havia algo andando sobre as minhas costas. De pronto não abri os olhos. Por alguns segundos me perguntei o que seria aquilo. Temendo a resposta. fiquei a avaliar a coisa. Parecia ser dotada de dois tentáculos. Sua textura, forma e temperatura, porém, não metiam medo. Era algo esponjoso, macio, um pouco rijo, e movia-se com delicadeza. Da lombar até a cervical. Passado o espanto, um arrepio gostoso seguia agora o mesmo trajeto.

Quando ela se deu conta de que eu havia acordado, judiou mais ainda de mim. Nua da cintura para cima, debruçava-se sobre meu corpo. Roçando os mamilos nas minhas costas, indo até tocar os lábios na minha nuca. Deixou, em seguida, seus longos cabelos negros deslizarem sobre o meu rosto, orelhas e, por fim, cobriu-me de beijos.

- Que coisa!



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sábado, fevereiro 12

O Livro Proibido

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O que pode haver de errado em um livro numa feira de livros?

Não sei se já disse isto por aqui, mas sou rato de livrarias, ou melhor, uma traça. Adoro livrarias, sebos e feiras de livros.

Uma das coisas que fiz quando de férias em Fortaleza, em janeiro último, foi visitar livrarias, feiras de livros e até editoras. Quando estava transitando entre as bancas da feira de livros na Praça dos Leões um vergonhoso detalhe me chamou a atenção: livros didáticos, de venda proibida, expostos à venda.

A princípio pensei que fosse apenas um exemplar perdido por ali e que o livreiro o vendesse por uma mixaria de talvez dois ou cinco reais. Ledo engano!

O que constatei após rodar toda a feira foi que quase todos os livreiros tinham aqueles livros, aos montes, para vender. E detalhe. Caríssimos! Quase o preço de livraria.

Aquilo me revoltou, principalmente, porque aquela é uma feira controlada por órgãos públicos municipais e todos os livreiros são cadastrados, com crachá e tudo mais.

Por que esse tipo de comércio existe? Porque há quem compre achando que está levando vantagem. A suposta vantagem financeira se perderá em face ao prejuízo, moral, ético e de formação da cidadania.

Os tais livros são aqueles que os professores ou as escolas recebem gratuitamente das editoras para análise e possível adoção para sua pratica pedagógica anual. O que mais me revoltou foi saber, após conversa com alguns comerciantes, que os próprios professores juntam os livros e os levam para vender ao livreiro, que os revende. Absurdo! Porque estes mesmos livros não são destinados a bibliotecas ou doados a alunos carentes ou mesmo cambiados entre professores ou escolas interessadas? Onde está a fiscalização? Onde ficou a ética destes professores? E o escrúpulo do comerciante? Tenho que admitir que algumas coisas na minha terra ainda me envergonham.

Pela primeira vez saí de uma feira de livros sem levar nada.

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terça-feira, fevereiro 8

Câncer já é a segunda causa de morte no mundo

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No dia mundial do câncer a Organização Mundial de saúde informou que já é a segunda doença que mais mata no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares.

Os tipos que mais matam são os  tumores no pulmão, mamas, fígado e na região colorretal.  A incidência de óbitos causadas pela doença só pode ser reduzida com a prevenção, para que tumores sejam detectados precocemente, quando ainda tem chance de tratamento.

Segundo a OMS, entre os fatores de risco  para o desenvolvimento da doença estão o tabagismo, sobrepeso, obesidade, abuso no consumo de álcool, má alimentação, sedentarismo, infecções crônicas por vírus como o da hepatite B e o HPV,exposição a substâncias químicas.
Prevenção é o caminho.
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sexta-feira, fevereiro 4

Dons da terra

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História de Lampião em quadrinhos
Klévisson Viana

Ao retornar de férias sempre se tem algo para contar. Seja das alegrias dos bons momentos, das novas amizades ou algum evento desagradável que se quer esquecer logo.

Agora, que as malas, já desfeitas, voltaram aos seus devidos lugares, é hora de colocar as idéias no lugar, organizar as fotos e administrar a saudade.

Passei janeiro em Fortaleza, minha terra natal. Já não lembrava o quanto chove por lá neste período. Mas, a chuva não foi impecílio para que eu desfrutasse das boas coisas da terra. A culinária, o humor, o sol forte, mesmo em período chuvoso e a hospitalidade de seu povo.

Foi justamente em um dia de chuva que tive a grata satisfação de conhecer, pessoalmente, pois já admirava seu trabalho ha algum tempo à distancia, o poeta e ilustrador Klévisson Viana. Já falamos dele por aqui.

O agradável encontro se deu nas dependências da Editora Tupynanquim, que é dirigida pelo escritor, onde fui muito bem recebido. A editora promove a cultura regional e distribui a literatura de cordel para todo o Brasil, principalmente para o nordeste, berço desta arte que adquiriu nuances tão brasileiras.

Perdi até a noção do tempo enquanto folheava algumas de suas excelentes obras, clássicos em formatos revolucionários, como “Lampião” em quadrinhos, “O Quixote” e “Os Miseráveis”, em versos de cordel.

Adquiri alguns exemplares. Para meu deleite, generosamente autografados. A leitura de bordo estava garantida! Minha viagem de retorno então seriam “duas”. O deslocamento físico e a deliciosa viagem que é uma boa leitura.

Nossos agradecimentos à tupynanquim e ao poeta e ilustrador Klévisson Viana.


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