domingo, junho 10

Exemplo vergonhoso

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Semana passada chegou as minhas mãos o volume 235 da revista inglesa Short List, que trata  de notícias, tecnologia, esportes e etc., voltada para o leitor masculino, sem mulheres peladas. Para minha surpresa o Brasil estava lá; matéria de capa. Mas, sinceramente, eu gostaria de ver meu país citado e exaltado por motivos mais nobres. E nós temos valores de sobra para serem enaltecido!
Acaba de ser lançado na Europa (01/06) e já se encontra por aqui também, o novo game da Rockstar Games. É o Max Payne 3 (está na www). A reportagem chamou a minha atenção pelo cenário familiar. O jogo, para Playstation 3, imaginem, tem como cenário as favelas de São Paulo, e as barbáries, envolvendo, sexo, drogas e uso de armamento pesado ficam por conta das gangues locais, uma delas chamada Comando Sombra, na trama do jogo. Os confrontos se dão, principalmente, na favela Nova Esperança.
Não colocarei aqui o link da novidade para não incentivar algo tão vergonhoso: a banalização da violência e a internacionalização de uma imagem tão negativa da minha terra Brasilis. Não podemos achar que todo isso é normal e divertido.

Uma boa semana!

Comentários (6)

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Cheguei até aqui por indicação de leitura no facebook e pronto - fui me divertindo com o tema - sempre gera diferentes opiniões e sempre diferentes e algumas radicais. Eu confesso que um jogo de video game não me causa nenhum tipo de reação. Acho que violêncio hoje já virou, infelizmente, assunto comum. Dias desses li non facebook alguém se referir a cidade de São Paulo como sendo "cidade de ninguém, sem leis". Acho que é generalizar. O mundo inteiro vive um momento dificil e eu quero acreditar que pra subir temos que descer. As curvas são sempre para baixo e para cima...
Não gostei do filme Tropa de Elite e tão pouco Cidade de Deus. Não assisti porque me recuso a acreditar que o Brasil seja apenas aquilo e nem sou brasileira. Enfim, mas nesse cenário, se tais filmes merecem destaque, porque não dar destaque também para um simples jogo.

bacio e parabéns pelo espaço.
Gostei daqui
1 resposta · ativo 671 semanas atrás
Gratos pela visita Lunna.
Volte sempre, sua apinião é importante para nós.

abraço
Acho engraçado o povo brasileiro. Reclamam do Brasil, das pessoas, e das coisas que aqui encontramos. Não demonstram nem sequer uma gota de respeito na hora de ajudar o seu próximo, escolher um bom candidato, ou mesmo em aceitar a liberdade de expressão de outrem.

Porém, se algum estrangeiro contar uma estória de FICÇÃO, seja por meio de um filme (TURISTAS), ou um jogo (MAX PAYNE 3), o patriotismo surge e com ele as ideias de fazer boicotes, processar, colocar o nome dos seus criadores de outros países na boca do sapo e tudo mais que possível for.

Um filme como TROPA DE ELITE ou CIDADE DE DEUS merecem ganhar o oscar não é mesmo? Afinal, fomos nós que o fizemos. Agora, se for feito por um 'gringo', é um absurdo, um desrespeito, uma afronta aos princípios morais e éticos e até a soberania nacional.

Acho que antes de ficarmos indignados, revoltados com estórias de ficção, devemos observar as coisas que estão em nosso alcance e em que realmente podemos fazer diferença.
1 resposta · ativo 671 semanas atrás
Belo discurso!

Mas creio que os comentários estão equivocados. O foco do texto não é esse. O texto manifesta indignação com relação "à banalização da violência e à internacionalização de uma imagem negativa do Brasil." O Brasil passa a ser conhecido pela violencia, pelas cracolandias, pelo sexo barato, não mais pelas belas praias ou tantos outros valores mais louváveis. No entanto, independente do que nós possamos achar, quem produz esse tipo de mídia continuará produzindo (feliz da vida), porque sabe que quem curte vai continuar prestigiando.
É bom lembrar, ainda, que faz parte da tão alardeada "liberdade de expressão" manifestarmos a nossa opinião, o que estamos fazendo aqui. Inclusive você. Aliás, muito obrigado por isso.

Abraço
Jesus,
Nunca aprovei este tipo de jogo para qualquer cidade . E não é exatamente por ser esta ou aquela cidade, mas por ser algo com que crianças vão brincar, achando que usar drogas, tranzar em qualquer esquina e matar seus semelhantes são coisas banais e divertidas. Para mim nunca foi eletrizante brincar de matar.
Obrigado por manifestar aqui a sua opinião.

Abraço, e boa sorte no jogo!
Menos Sr Tony. Muito menos. Existem muito mais para se indignar do que o game: Max Payne 3. Quer dizer, que quando o jogo representava outras cidades não era vergonhoso, era eletrizante, interessante, vibrante, realista, com detalhes fantásticos, MAS, como representa São Paulo, uma das cidades com menores índices de criminalidade do Brasil, ai, é VERGONHOSO. Menos indignação! Muito menos. É só um jogo. É só um game. Não necessariamente representa SP.

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