sexta-feira, junho 15

Questionamentos sobre o amor

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Chegamos na 4ª fase da Blogagem Coletiva Amor aos pedaços. Já falamos de Encantamento, Desencanto, Esperança e agora chegou a vez dos Questionamentos.


Tony


Encantos, desencantos e esperança sempre podem dar margem para questionamentos. Os porquês que nos atormentam.

Há um provérbio inglês, bem pertinente, que diz o seguinte: “Asking questions is the key to understanding.” (O questionamento é a chave para o conhecimento). Há quem diga, ainda, que “O mais importante não são as respostas, mas as perguntas”. Então, a elas: Quem sou eu? O que eu faço neste mundo tão cheio de dúvidas? Quem é o outro que me ronda? Que sentimento é esse que nos une ou nos separa? E afinal, o que é o amor? Sejam quais forem as respostas, sabe-se que nenhuma verdade permanecem absoluta por muito tempo. Resta-nos então questionar, para derrubá-las ou estabelecê-las.

Assim, em se tratando de amor, se queremos conhecer a nós mesmos, conhecer o outro, o mundo em que vivemos e os sentimentos que nos envolvem, o primeiro passo é buscar respostas para essas questões existenciais seculares, mesmo sabendo que muitas delas não encontram resposta no mundo real.

Por que nos encantamos com alguém, e por que em nome do mesmo amor, nos desencantamos? Que sentimento é esse que da mesma forma que respeita e cuida, pode também tirar a vida da pessoa amada, sob a mesma alegação? Que “mal” é esse que de longe ou de perto, desconhece obstáculos, cor, idade, padrão social ou econômico, e acomete a todos igualmente?

Usando de metáfora tecnológica, será que o amor vem numa promoção combo, que traz em seu bojo, não só a “pipoca”, mas também uma série de monstrinhos agregados, indissociáveis, como o egoísmo, prazer, a dor, o ódio e o ciúme?

Tantas questões dão origem a expectativas, dúvidas e esperança, mas creio que cada caso é único, e assim, as pessoas continuarão buscando respostas para seus questionamentos, cada uma a seu modo, enquanto o amor segue seu rumo, sem rumo, sem respostas, enigmático, aos pedaços. O impossível, o enigma e a dúvida parecem legitimar o amor.
                                   
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Lugirão


Ah! o amor … uma palavra tão pequena e tão ampla em seu significado e porque não dizer o sentimento mais importante que o ser humano pode sentir, é o que nos move.

Afinal o que é o amor? Amor é significado de afeto, apego, amizade, ternura, fraternidade, paixão simpatia, benevolência.

Se fala muito de amor, principalmente do amor entre duas pessoas que se apaixonam. Ao longo dos anos, os relacionamentos entre as pessoas mudaram muito. Existe a banalização do amor. É comum os casais se juntarem e em pouquíssimo tempo, quando menos se espera,já estão separados, muitas vezes já engataram um novo relacionamento com grande chance de tudo se repetir novamente. Ao serem questionados sobre o fim do relacionamento, terá uma grande chance de ouvir que um não suportava o outro. Mas se resolveram viver a dois, se estavam apaixonados. O que houve em tão pouco tempo? E o amor que um sentia pelo outro? Cadê o empenho para que desse certo? Relacionamento a dois não é brincadeira, não pode desistir na primeira frustração, um tem que aprender a respeitar o espaço do outro, só assim a coisa engrena.

E o amor ao próximo? Quando foi que começamos a ficar indiferentes ao homem caído na rua? E a criança que perambula sem rumo? Indiferentes a fome e a miséria? Quantas vezes atravessamos a rua para não encarar uma situação dessas?

Quantos de nós quando ouvimos falar a palavra “problema”, não queremos nem saber, mudamos de assunto? Quem não passou por uma situação em que estava precisando apenas de um pouco de atenção e não encontrou quem te ouvisse?

O egoísmo, a necessidade de ser o melhor, de ter sempre mais, tornam as pessoas superficiais, ninguém quer se comprometer,ninguém tem tempo para perder com o outro, gentileza é uma palavra muito divulgada,mas poucos sabem como usá-la.

Acredito que em algum momento, as amizades, as relações de uma maneira geral serão novamente valorizadas e embora o ter na sociedade em que vivemos será sempre a meta principal. O ser vai entrar na pauta novamente.  
















Comentários (8)

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Oi Tony! Oi Lu!
Finalmente consegui cá chegar. Muitas participações para comentar e vida familiar para conciliar com a BC.

Tony, de fato, é questionável o porquê do amor levar a situações tão extremistas como o crime passional ou até mesmo o suicidio passional. Serão pessoas que amam demais? Não, não me parece que amem demais. Acho que confudem amor com apêgo doentio. O amor não serve da capa a tudo. Quando ele é puro e equilibrado não acontece nada disso. Adorei as suas perguntas pertinentes.

Lú, aí é que tá! Um casal até pode chegar à conclusão que não se ama mais (amor Eros), mas se forem pessoas que nutrem amor ao próximo (amor Philos) jamais podem alimentar guerras. E para alguns, amor Ágape é apenas utópia. Também acredito na ascensão do SER em substituição do monopólio do TER.

Beijos além-mar para vocês os dois.
A chamada para a 5ªfase já está postada. Fica o aviso, se quiserem espreitar.
Rute
1 resposta · ativo 667 semanas atrás
Ainda estou devendo uma visita.
A vida anda muito corrida,e temos que tirar um tempinho para alimentar nossas relações pessoais,para que elas se fortaleçam .
Sempre pus o ser a frente do ter, já recebi muitas criticas por isso, mas não me arrependo.
Bjos!
Hoje ninguém tem mais tempo de entender o outro, se não deu certo na primeira a resposta é uma -" a fila anda"...não se tem paciência para o repeito, a cumplicidade e a amizade...Por isso toda essa banalização em todas as situações...
Paz e bem
Participo da BC
1 resposta · ativo 667 semanas atrás
As pessoas não acham vantajoso investir na relação, é mais fácil mudar de parceiro,antes mesmo de tentar .
Bjos!
Tony e Lu, o amor tanto nos provoca as melhores das reações, como também pode acordar o animal que existe em cada um de nós. Alguns amores são destrutivos - é como se a fera se revoltasse contra a invasão de um sentimento bom. Não sei como chega o amor, sei que temos que estar predispostos à esse sentimento. Vejo pessoas amando errado por causa da falta de amor próprio, pura carência!
Sobre a banalização do amor... a vida mercantilizada... podemos ter o último modelo de homem... ops!! Na verdade, hoje pela manhã enquanto assistia o telejornal, me veio um pensamento estranho quando apareceu a reportagem sobre proteses mamárias e como isso também caiu no gosto popular, tanto que, a mulher que não usa prótese se sentir excluída. Vejo no futuro, todo mundo plastificado e vovós e vovôs com tudo durinho... panturrilha, coxas, bumbuns, bocas... onde estará o aconchego de um colinho macio? As futilidades encerram o medo de encarar a realidade e a superficialidade vem do medo de se aprofundar nas relações, o medo de sofrer uma desilusão.
Desculpe a demora em chegar para ler a postagem, expliquei no blogue o que aconteceu. Já foi lançada a 5ª e última fase da blogagem!! Obrigada por participar!!
Beijus,
1 resposta · ativo 667 semanas atrás
É, parece que caminhamos para um mundo de artificialidades, inclusive de sentimentos. Relações puramente pro forma.
É um prazer participar destes encontros Luma.

Obrigado por sua visita,

bjos
Tony e Lu. O texto de vocês foram os primeiros que li nesta fase. E, os questionamentos de Tony, seguem a lógica masculina. Os questionamentos de Lu, seguem e tem o norte das emoções dominantes nas fêmeas, e tudo é muito harmônico e delicioso.

Eu respondo ao Tony, este questionamento: "Por que nos encantamos com alguém, e por que em nome do mesmo amor, nos desencantamos?" - É que, quando encantamos com alguém, é o Amor em Eros. E quando desencantamos, é o amor próprio, que nos faz. Seja como for, são lados do amor que nos fazem ficar bobos e encantados, e é o amor, quem nos faz olhar para nós mesmos e tomarmos decisões. Assim penso.

Parabéns pela dobradinha de sempre! Feliz Sábado e ótimo Domingo!
1 resposta · ativo 668 semanas atrás
Abraço Adão.

Obrigado pela participação.

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