PESQUISAS ESPACIAIS E A CRISE ECONÔMICA
No último domingo, dia 15 de março, às 20h43 (horário de Brasília), a Nasa lançou o ônibus espacial Discovery mais uma vez. Desta feita para levar novos painéis solares para a Estação Espacial Internacional (International Space Station - ISS ). O lançamento deveria ter acontecido na última quarta-feira, porém um vazamento de hidrogênio levou Houston a adiar os planos.
Lançado do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, este primeiro lançamento do um ônibus espacial, em 2009 tem por finalidade fornecer a energia elétrica necessária para os experimentos científicos na estação, além de responder às necessidades da tripulação, que será de seis pessoas a partir de maio. Para se ter uma noção do custo de uma missão destas só o jogo de painéis solares transportado custou 300 milhões de dólares e a produção do equipamento custou em torno de US$ 600 milhões.
Agora, cá pra nós:
Agora, cá pra nós:
Com tantos problemas que exigem solução urgente na terra, olha quanto dinheiro indo pro espaço! Sem contar o risco de um desastre como os que ocorreram com o Challenger em 1986 e com o Columbia em 2003. Seria uma desgraça para o governo na atual circunstância.
Tudo bem que crise é crise e a ciência tem que seguir seu curso. Mas na atual circunstancia econômica, seria prioridade levar espelhos solares para o espaço, montar estações espaciais? Não é um contra-senso gastar tantos bilhões de dólares com projetos espaciais enquanto tantos setores da sociedade estão necessitando de um bailout (socorro financeiro)? Com tantas comunidades atingidas por enchentes, nevascas e furacões, portanto necessitando de atenção neste momento de crise, essa missão não poderia pelo menos ser adiada?
Enquanto eles estão procurando vida em outros planetas há muita gente morrendo de fome ou vítimas de calamidades aqui em baixo. Por acaso a pesquisa científica é imune à crise?
Os marcianos podem esperar! Fica aqui o nosso questionamento.